O varejo ampliado brasileiro, que inclui automóveis e materiais de construção, foi estimado em R$ 1,91 trilhão em 2019. Esses números certamente foram abalados pela pandemia do novo coronavírus.
Por outro lado, tanto os consumidores quanto o próprio varejo se tornaram mais digitais – e 644 startups brasileiras estão ajudando a revolucionar a forma como compramos.
É o que analisa o Distrito Retailtech Report. A pesquisa mapeou retailtechs em vertentes como ambientes virtuais, e-commerce, engajamento do consumidor, inteligência artificial, internet das coisas, logística, operações, pagamentos e sustentabilidade.
Perfil das retailtechs
As regiões Sudeste e Sul concentram nove em cada dez soluções. O principal polo é o Estado de São Paulo, com 45,8% das retailtechs.
As startups de varejo mais comuns são as de operações (29,2%): elas melhoram a gestão de estoques, de lojas, de vendedores e de todo o processo comercial. Em seguida, aparecem as retailtechs de engajamento do consumidor (18,1%) e as voltadas a lojas virtuais (18%).
As retailtechs têm, em média, seis anos de vida. Segundo o levantamento, 45% abriram as portas apenas nos últimos cinco anos e outras 39,4% foram criadas entre 2011 e 2015, totalizando 94,4% de startups de varejo com até uma década de vida.
Segundo o Distrito, a porcentagem reflete os últimos anos de transformação digital intensa no Brasil. Ao todo, esses empreendimentos empregam 36 mil pessoas.
Startups e investidores de destaque
O Distrito também selecionou as dez retailtechs que mais se destacam entre as 644 listadas, com base em critérios como número de funcionários, crescimento em 2019, faturamento previsto via análise de CNPJ, investimento captado, acessos no site e métricas de redes sociais. São elas: Amaro, Dafiti, Ebanx, Hotmart, Loggi, Madeira Madeira, Peixe Urbano, Pic Pay, Stone e VTEX.
Loggi, Madeira Madeira e VTEX receberam aportes que ajudaram 2019 a se tornar o ano com maior volume de capital para retailtechs (US$ 520 milhões).
Desde 2011, as startups de varejo captaram US$ 1,1 bilhão. Em volume, as rodadas se concentraram na série D (US$ 286 milhões). Já em número de rodadas, o estágio mais frequente é o semente. Foram 92 rodadas seed desde 2011. Os fundos mais ativos em retailtech são Bossa Nova Investimentos, ACE, KPTL, Darwin Startups e Wow! Aceleradora.
Com informações da PEGN.
* Imagem: Reprodução