O setor de varejo de material de construção foi um dos que menos sentiram os impactos da crise gerada pela pandemia do coronavírus. As expectativas permanecem positivas: as projeções da Federação Brasileira de Redes Associativistas de Materiais de Construção (Febramat) são de que as lojas associadas saltem de um faturamento de R$ 3,8 bilhões em 2020 para R$ 4,2 bilhões em 2021. A projeção de crescimento em compras para 2021 é de 39,5%.
A federação afirma que, além do aumento na procura de produtos, a gestão profissional das lojas e o crescimento de números de redes associadas devem impulsionar o setor. Atualmente são 28 redes associadas e as projeções são para fechar o ano com 32, o que representaria um salto de 845 lojas para 1.204 até o momento.
“Esses resultados mostram a força do associativismo que praticamos desde 2018, que possibilita às redes associadas mais do que ótimas condições comerciais. Focamos também na gestão das lojas, possibilitando que essas estejam mais preparadas para concorrer de igual com grandes redes do setor, assim o resultado não poderia ser outro que não fosse o sucesso”, diz o presidente da Febramat, Paulo Roberto dos Santos Machado.
O crescimento de faturamento do setor de material de construção em 2020 em comparação ao ano de 2019 foi de 11%, atingindo o valor de R$ 150,55 bilhões de movimentação, segundo a FGV /IBRE. Considerando-se as lojas associadas à Febramat, a alta foi de 22,8% no mesmo período e no primeiro trimestre de 2021 já apresentou um incremento de 30,5%.
“Mesmo depois de um início de pandemia assustador, no qual as lojas tiveram que fechar as portas, com a abertura gradual, o que se observou foi uma rápida retomada nas vendas, apresentando um crescimento maior do que nos últimos anos. Isso ocorreu por diversos fatores, dentre os quais o fato de as pessoas ficarem em casa e olharem mais para as necessidades de reformas”, analisa o presidente da Febramat.
Ele admite, porém, que o setor também enfrentou grandes desafios no período. Entre eles, a necessidade de adequar o atendimento às regras sanitárias e a falta de produtos que ocorreu no período, devido à alta demanda e baixa oferta.
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