A BlackRocks Startups desenvolve ações em diversas áreas, como tecnologia, inovação e empreendedorismo, com o objetivo de potencializar negócios que possibilitem iniciativas e ações voltadas para a população negra. Os desafios por trás dessas ações foram tema da palestra da fundadora e CEO Maitê Lourenço na Campus Party Digital Edition, realizada entre quinta (22) e sábado (24) de forma totalmente online e com cobertura especial da Mercado&Consumo.
“A população negra movimenta mais de R$ 1,5 trilhão. Somos responsáveis por 27% do PIB brasileiro quando se pensa em microempreendedores. Então, quando se traz essa perspectiva de diamante, é porque de fato a gente reconhece o potencial que a população negra tem no Brasil, mas, infelizmente, ela ainda é vista como operacional e inferior”, pontuou Maitê.
Ela destacou que, no Brasil, as famílias que são lideradas por mulheres negras não são respeitadas. “Não somos vistas como líderes e gestoras pela sociedade. Eu penso totalmente o contrário, porque venho de uma família matriarcal e tenho muito orgulho disso. Me tornei a líder que sou hoje, graças as mulheres de honra que me criaram e educaram.”
Maitê Lourenço contou que, durante a pandemia, a BlackRocks se aproximou dos líderes de startups conduzidos por pessoas negras acolher os empreendedores. “Quando eu falo de trazer esses diamantes, eu não estou falando só de processos, de projetos e de ações. Me refiro a como a gente abrange tudo isso para gerar cada vez mais impacto nas pessoas, de modo que elas se sintam pertencentes aos lugares.”
Durante a palestra na Campus Party, a executiva destacou, ainda, que a BlackRocks busca talentos que muitas vezes já estão lapidados, mas não são encontrados porque a sociedade, de um modo geral, não quer vê-los “de forma devida”. “Para nós, é muito gratificante enxergar essas pessoas, criar vínculos com elas e estabelecer ações para juntos possamos fazer a diferença no dia a dia delas e de suas empresas”, finalizou.
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