Nascida digital, Westwing planeja abrir 15 lojas físicas até 2022

Lojas físicas geram sinergia e complementam o clubes de compras e o e-commerce

Após o processo de independência como subsidiária da Westwing Europa, em 2018, a filial brasileira acelerou um processo de desenvolvimento finalizado em fevereiro de 2021 com o IPO, que movimentou cerca de R$ 1,16 bilhão com a venda de 89,3 milhões de ações. Nascida digital como um clube de compra, com campanhas que duram de quatro a seis dias, a Westwing Brasil aposta na sinergia de seu ecossistema para crescer.

“Temos dois modelos complementares: lançamos nossa primeira loja física, que chamamos de galeria, que complementa bem o clube porque traz a experiência com a marca. Lançamos também o Westiwing Now, que é mais parecido com o e-commerce tradicional”, afirma Andres Mutschler, CEO do Westwing.

Mutschler será um dos palestrantes desta quarta-feira (15) do Latam Retail Show 2021, maior evento B2B de varejo e consumo no Brasil, que será realizado de hoje (14) a quinta-feira (16) de forma 100% virtual e terá cobertura especial do portal Mercado&Consumo.

Com uma loja física desde 2016 na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, a Westwing planeja abrir outras cinco lojas até o final deste ano e chegar a 15 até 2022.  “Temos um time a todo vapor prospectando os pontos e as várias frentes para abrir essas lojas”, diz.

Segundo Mutschler, as lojas físicas são importantes para que os clientes tenham uma experiência inspiracional e complementam as vendas pelo clube e pelo e-commerce, o Westwing Now. Lançado em março de 2020, a plataforma não exige cadastro e tem um campo de busca para que o cliente busque o que está precisando.

“Isso gera muita sinergia no ecossistema. O cliente cadastrado no clube, quando precisa de alguma coisa, pode buscar no Now. E hoje mais de metade das vendas da loja física são feitas pela prateleira infinita do Now. Se a pessoa vai na loja e não gosta de um modelo de cadeira, por exemplo, o vendedor mostra os modelos no Now”, afirma.

Já o modelo do clube de compras funciona como um passeio num shopping digital, onde os clientes ficam olhando as vitrines, que são as campanhas. Essa experiência garante um engajamento considerado alto para o varejo. “Na média, os nossos clientes visitam o site quatro vezes por semana e gastam mais de 40 minutos. É quase uma rede social. E isso se traduz em mais compras. Temos quatro compras de clientes por ano, enquanto o modelo de e-commerce tradicional são duas compras por ano”, compara.

O poder da marca

Reconhecidos como um canal de divulgação de marcas para uma base grande e qualificada, a Westwing decidiu testar outras categorias para as campanhas, como moda, cosméticos e alimentos (chocolate, azeite trufado e vinho. “Há alguns anos pensamos que essa jornada não precisava ficar restrita a casa e decoração, que valeria para muitas categorias. Em 2017, apenas 3% da nossa receita era de life style. Em 2020 foi de mais de 13% e já cresceu uns 2 pontos percentuais [neste ano]”, conta Mutschler.

O investimento em marcas próprias através de parcerias também tem crescido e já representa 18% do faturamento total. “Como a nossa estratégia é antecipar tendências, olhamos muito para mercados europeus e fazemos o private label de forma terceirizada e com caráter exclusivo”, diz. Entre as categorias com a marca Westwing estão móveis, talhares, taças, tapetes e toalhas.

Outra aposta do ecossistema é o Westwing Designer, que é um serviço de transformação de ambiente através de móveis e decoração com designers de interiores. Com atendimento online, a empresa oferece três planos de decoração, com preços de R$ 99 a R$ 500.

O cliente manda as informações, como medidas e plantas, do espaço que quer transformar e depois de uma semana recebe o projeto em 3D do ambiente que escolheu. “Acho que resolvemos uma dor das pessoas, que é saber decorar. As alternativas disponíveis são muito caras. Essa é uma experiência rápida e econômica”, diz.

Investimento em logística

No final de 2019, a Westwing começou a expandir sua malha própria de logística, com o lançamento do hub da Vila Leopoldina, em São Paulo. Com a pandemia, esse investimento aumentou e hoje chega a 90% das entregas na Grande São Paulo.

Em julho deste ano, a empresa abriu seu hub no Rio de Janeiro,  o West Lock, e mais 30% das entregas no Brasil já são feitas com a malha própria.

Imagens: Divulgação

 

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