Em contraposição às condições de consumo negativas vistas no Brasil, nos EUA a economia aquecida e a renda em alta favorecem as expectativas para as vendas de fim de ano. A National Retail Federation estima que elas crescerão entre 8,5% e 10,5%, ficando entre US $ 843,4 bilhões e US $ 859 bilhões. Os números excluem concessionárias de automóveis, postos de gasolina e restaurantes. Nos últimos cinco anos o aumento médio foi de 4,4%.
“Há um impulso considerável rumo à temporada de compras natalinas”, afirma Matthew Shay, presidente e CEO da NRF. Segundo ele, os consumidores americanos vivem uma situação muito favorável, pois a renda está aumentando e os “balanços das famílias nunca foram tão fortes”.
“Os varejistas estão fazendo investimentos significativos em suas cadeias de suprimentos e gastando pesadamente para garantir que tenham produtos em suas prateleiras para atender a este momento de demanda excepcional do consumidor”, complementa o dirigente.
E-commerce terá aumento maior
A NRF espera que as vendas online e outras vendas fora da loja, que estão incluídas no total, aumentem entre 11% e 15%, para entre US$ 218,3 bilhões e US$ 226,2 bilhões.
Embora o comércio eletrônico continue sendo importante, as famílias americanas também devem voltar a fazer compras presencialmente nas festas de fim de ano.
“As perspectivas para a temporada de férias parecem muito boas”, diz o economista-chefe da NRF, Jack Kleinhenz. Segundo ele, as famílias aumentaram “vigorosamente” os gastos durante a maior parte de 2021 e permanecem com “bastante poder de compra” nas festas de fim de ano.
A NRF espera que os varejistas americanos contratem entre 500 mil e 665 mil trabalhadores sazonais, contra 486 mil contratações sazonais em 2020.
A previsão da NRF é baseada em modelos econômicos que consideram indicadores como emprego, salários, confiança do consumidor, renda disponível, crédito ao consumidor, vendas anteriores no varejo e clima.
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