Com a retomada de trabalho acontecendo de forma híbrida, intercalando o modelo presencial e remoto, os funcionários buscarão mais oportunidades de descontração e conversa com os colegas quando estiverem presencialmente no escritório, deixando as tarefas individuais para os dias que estiverem trabalhando de casa. Com isso, as empresas vão precisar adaptar seus escritórios para aumentar as oportunidades de convivência com a equipe e contornar a dificuldade de comunicação.
As conclusões fazem parte da pesquisa O Futuro do Ambiente de Trabalho no Cenário Pós-Pandemia feita em parceria com os institutos de pesquisa Nestlé C.Lab, Ginger Strategic Research e Innova.La, com o objetivo de responder aos questionamentos sobre o futuro do trabalho e o movimento de volta aos escritórios.
“Tal inquietude nos motivou a aterrissar essas dúvidas em algo tangível, como uma pesquisa, que pode nos guiar e inspirar durante o processo de retomada das atividades presenciais”, afirma Ignacio Marini, CEO da Nespresso Brasil.
A pesquisa analisa diversos aspectos, como os novos modelos de trabalho, os escritórios e espaços, interação entre colaboradores e líderes, além de aspectos como produtividade, saúde mental e bem-estar.
Um dos dados que merecem destaque é que a pandemia intensificou problemas relacionados à saúde mental e que há necessidade de investir em ações de bem-estar pensando no trabalho presencial.
Porém, 47% dos participantes consideram que a empresa na qual trabalham não tem investido em ações que contribuem com a saúde mental dos colaboradores, 43% afirmam que as ações são superficiais e 62% afirmam que são mais teóricas e menos práticas.
Vantagens do home office
Dentre as vantagens do home office citadas pelos participantes estão não pegar trânsito, poder passar mais tempo com a família e ter horários mais flexíveis. No lado negativo, os participantes reclamaram de falta de interação com colegas, dificuldade de comunicação e de conciliar as agendas.
Ainda de acordo com a pesquisa, as empresas passaram a olhar com mais atenção para o colaborador, especialmente no que diz respeito à saúde mental.
“Na Nespresso, fizemos uma pesquisa interna com nossos colaboradores e quase 80% deles pediram mais ações voltadas a saúde mental. Com isso, passamos a promover rodas de conversa com uma consultoria externa especializada com psicólogos, além de palestras voltadas a esse pilar”, comenta Bianca Carmignani, head de Recursos Humanos da Nespresso no Brasil.
A pesquisa também revelou que o trabalho não pode mais ser visto como presencial ou remoto, já que os modelos híbridos permitem que as pessoas sejam produtivas de qualquer lugar.
“O modelo exclusivamente online parece ser opção apenas no cenário de intensa epidemia ou casos pontuais, enquanto o modelo totalmente presencial já começa a ser visto como ultrapassado. A conclusão é que o modelo híbrido, se bem estruturado pelas empresas, passará a oferecer uma boa estrutura de trabalho em casa e ferramentas de comunicação adequadas ao cenário”, descrevem os realizadores do trabalho.
Dentre as habilidades primordiais no modelo híbrido, a pesquisa destaca proatividade, flexibilidade e espírito colaborativo. A pesquisa na íntegra está disponível nesse link.
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