Por Lyana Bittencourt*
“Se correr, o bicho pega, se parar, o bicho come”
Este é um ditado que cabe muito bem nesse momento. O empreendedor se vê numa indefinição quanto a abrir o seu negócio próprio e os desafios e riscos que podem correr frente a atual situação do País.
Vamos tentar ajudar com algumas análises comparativas.
As novas exigências para empreender
Empreender com sucesso em tempos desafiadores como o que estamos vivendo em nosso País vai exigir do empreendedor, como nunca antes, muito trabalho, muita proatividade e capacidade para enfrentar situações adversas com equilíbrio, com persistência e criatividade e, acima de tudo, acreditar na sua força de trabalho e resistir. Todos esses atributos sempre foram divulgados como essenciais para um empreendedor de sucesso, porém pouco praticados.
Com a economia em crescimento e consumo em alta – época de “vacas gordas” – a preocupação com os fatores críticos de sucesso de um empreendedor ficaram relegados a um segundo plano. Se o caixa está bem, o restante o empreendedor vai levando. Esse comportamento não cabe mais nos dias de hoje e, se persistirem, o resultado é o que estamos presenciando: negócios sendo fechados por falta de resultados, em todos os segmentos, independentemente do tamanho e do modelo de negócio.
O franchising tira o empresário/franqueado da zona de conforto
Jogar a culpa na crise é tirar o corpo fora e se isentar de responsabilidades. Em mais de 90% dos casos, o problema está na falta de proatividade dos empreendedores em buscar ajuda, inovar ou reinventar totalmente o negócio. Nesse sentido, o franchising exerce uma força muito grande e contribui com o sucesso do negócio porque tira o empreendedor/franqueado da zona de conforto, o que vamos comentar a seguir.
A experiência do franqueador é a alavanca para o resultado do negócio
Quando o empreendedor adere a um negócio de franquia, ele deve ter consciência plena de que o negócio já foi testado e o dono da marca já passou por várias experiências quanto à melhor forma de operar e de fazer a gestão da franquia. Tais aspectos são muito relevantes nos dias de hoje, uma vez que começar um negócio do zero, a partir de pouco experiência, contando apenas com a vontade de empreender e com a afinidade com o negócio, é um risco muito grande para o capital investido. Ao passo que com a franquia, ele recebe desde o primeiro dia de operação todo apoio e acompanhamento da franqueadora.
Seguir as regras da franquia é o melhor
Frente à experiência do franqueador, cabe ao franqueado operar o negócio com dedicação, seguindo as regras e os processos determinados pela franqueadora, e não tentar reinventar a roda. No início, a disciplina nesse sentido é um fator crítico de sucesso. Primeiro, aprender a operar bem o negócio, trabalhar muito e ser muito proativo. Depois, se for o caso e achar importante, dar sugestões de mudanças ou adaptações em alguns processos. Sugestões sempre serão bem-vindas, porém devem ter consistência.
O acompanhamento da franqueadora é preventivo
À franqueadora cabe o papel de acompanhar os resultados das unidades da rede e orientar de forma preventiva para que o franqueado não erre e nem persista no erro. Esse acompanhamento é realizado por equipe especializada de consultores de campo, com domínio total da operação e com condições de ajudar o franqueado a operar bem o negócio. Diferente de um negócio independente em que muitas vezes o empresário erra, persiste no erro, via de regra por desconhecimento e por falta de ajuda. Tais circunstâncias podem desencadear problemas mais graves no negócio, por exemplo, a descapitalização por excessos de custos ou perda de clientes e de faturamento por falta de capacitação e orientação adequada aos funcionários.
A parceira deve ser com o empresário certo para se que se sustente
Ao franqueado cabe buscar um negócio de franquia com que se identifica, não como consumidor, mas como operador, ou seja, analisar que tipo de trabalho lhe gera prazer. Muito importante nesta decisão é a escolha do franqueador com quem vai conviver por muito tempo, é como um casamento empresarial.
Aderir a uma franquia é aceitar um modelo de negócio formatado por outro empresário, é conviver com regras e processos definidos pelo dono do negócio, é seguir padrão e trabalhar muito para que tudo dê certo, com muita disciplina, e não ter medo de pedir ajuda à franqueadora nas dificuldades enfrentadas. O que é muito diferente se for investir em um negócio independente, em que não há ajuda disponível.
A franquia como a opção mais segura para o momento
Por esses e outros motivos, o investimento em franquias nesse momento é o mais indicado. O candidato a uma franquia deve fazer o dever de casa antes nos aspectos que diz respeito à busca e análise das oportunidades e comparar essas oportunidades com o seu perfil, com a capacidade de investimento e de empreender, é o que vai fazer a diferença. A decisão deve ser consciente e racional.
*Lyana Bittencourt (lyana@bcef.com.br) é sócia e diretora de Marketing e Desenvolvimento do Grupo BITTENCOURT.