NRF 2022: Como as marcas de luxo exploram o mercado chinês

Diretora de parcerias estratégicas do Alibaba falou sobre o assunto no 1º dia do maior evento de varejo do mundo

A China deve responder por 50% das compras mundiais de luxo até 2025. Diante dessa perspectiva, marcas estão se adaptando para explorar esse mercado da melhor forma possível, com os canais e as ferramentas certas. O tema foi debatido no primeiro dia do Retail’s Big Show numa palestra conduzida por Hilary Milnes, editora-executiva da Vogue Business, e que contou com a presença de Rodrigo Bazan, CEO da marca de moda Thom Browne, e de Christina Fontana, diretora de Parcerias Estratégicas do Alibaba.

A Mercado&Consumo embarcou com a delegação da Gouvêa Experience para Nova York para acompanhar o evento e faz uma cobertura especial por meio de reportagens em texto, vídeos e podcasts (clique aqui para conferir).

“A inovação digital que temos visto no consumo chinês e a infraestrutura digital por trás do varejo estão ajudando as marcas a endereçarem melhor suas vendas”, comenta Christina Fontana. Ela destaca que a gigante chinesa é um marketplace de quase 22 anos cujo papel é ajudar os parceiros a serem bem-sucedidos online. Para isso, desenvolve tecnologias que ajudam as marcas a engajar seus consumidores.

“No caso do mercado de luxo, o mais importante é comunicar o valor da marca, seu DNA e sua história para os consumidores certos. Temos várias tecnologias que criam essa conexão e uma delas foi muito popular no último ano, a do live streaming. Muitas lojas usaram live streaming mesmo quando elas estavam fechadas para chegar no seu consumidor.”

Christina Fontana destaca, ainda, o papel cada vez maior do comércio local chinês. Até por causa da pandemia de covid-19 e suas restrições, muitas pessoas deixaram de viajar para comprar artigos de luxo. Mas não deixaram de se abastecer. “Existem muitos lugares em que as marcas devem estar e em que é quase impossível, então o online se torna fundamental para cobrir o país inteiro e ser capaz de alcançar esses consumidores”, conta.

Assim como em outras partes do mundo, alguns valores têm se tornado mais importantes para o consumidor chinês do que o preço dos produtos. O Singles’ Day, promovido em novembro pelo Alibaba, já foi uma demonstração disso: em vez de focar em descontos, o festival deu mais força a questões como sustentabilidade e conveniência. Fortaleceu a divulgação de marcas menores e de produtos feitos localmente e permitiu que consumidores com necessidades especiais pudessem comprar só um sapato em vez do par, por exemplo.

“Nós também não diferenciamos mais situações online e offline. Consumidores estão conectadas com as marcas, mais e mais, onde quer que elas estejam. Eles consomem o tempo todo: no metrô, em shows, então é muito importante construir essas tecnologias que permitem que eles interajam com as marcas.”

Imagem: Aiana Freitas

Aiana Freitas

Aiana Freitas

Aiana Freitas é editora-chefe da plataforma Mercado&Consumo. Jornalista com experiência na cobertura de tendências de consumo, varejo, negócios, finanças pessoais e direitos do consumidor.

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