O grupo Itapemirim, que cancelou “temporariamente” suas operações aéreas em dezembro, provocando uma crise no setor, voltou atrás na decisão de interromper o serviço de linhas no transporte interestadual de passageiros. A suspensão e o cancelamento de rotas foram anunciados em dezembro, logo após o problema da companhia em torno de suas atividades no setor aéreo.
Em nota divulgada nesta quinta-feira, 27, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmou que, após conversas com a Itapemirim, aprovou o pedido de cancelamento do requerimento de paralisação. “Ou seja, os serviços que seriam interrompidos a pedido da empresa continuam operando e à disposição dos usuários”, informou a agência.
À época em que a interrupção dos serviços foi divulgada, a empresa declarou que a medida fazia parte de um plano de reestruturação logístico e operacional criado para “reduzir custos e maximizar os resultados financeiros em suas rotas de longa distância”.
Procurada, a empresa afirmou que a revisão do pedido de cancelamento/suspensão de linhas foi atendida pela ANTT. “Nem um passageiro ficará sem o serviço e não haverá cancelamento ou suspensão do serviço a qualquer dos mercados atendidos atualmente. Foram adotadas adequações operacionais que atendem às normas da Agência reguladora. O Grupo reafirma seu compromisso com o atendimento às regras do setor e o respeito ao direito do passageiro a um serviço de excelência”, afirmou a Itapemirim.
Devolução das aeronaves
Em 23 de janeiro, pouco mais de um mês após suspender “temporariamente” suas operações, a ITA, companhia aérea do grupo Itapemirim, começou a devolver suas aeronaves para os arrendadores. A negociação com as empresas proprietárias dos aviões foi amigável e a devolução de todos os jatos deve ocorrer em até 15 dias, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo. Nesta semana, dois aviões já deixaram o País.
A ITA, porém, nega que essas duas aeronaves tenham sido entregues aos arrendadores definitivamente e afirma que foram enviadas aos Estados Unidos para manutenção.
“O deslocamento se dá em razão de as empresas responsáveis pela manutenção não estarem atuando no Brasil”, afirmou a companhia aérea em nota. “Basta observar que, se fosse o caso de qualquer rompimento, as aeronaves seriam arrestadas por eles (os arrendadores). Neste caso, a própria ITA, por seus pilotos, está levando os aviões até os Estados Unidos”. A empresa, cuja frota era composta por sete jatos, destacou ainda que, “tão longo estejam prontas, essas aeronaves retornarão ao Brasil para operar o serviço oferecido pela ITA”.
Com informações de Estadão Conteúdo (Amanda Pupo)
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