A varejista de decoração e lifestyle Westwing vai abrir, entre abril e junho, mais três lojas físicas no Brasil. Elas se somarão às cinco já existentes nas cidades de São Paulo, Brasília, Campinas e Rio de Janeiro. A marca nativa digital fundada na Alemanha chegou ao País em 2011, mas desde 2018 atua de forma independente por aqui. Foi justamente no Brasil que a Westwing começou a operar lojas físicas, estratégia que tem se mostrado assertiva para atrair mais pessoas para o próprio e-commerce.
“Ter presença no mundo físico complementa a nossa estratégia e faz a gente crescer mais rápido no digital”, afirma o CEO e fundador da Westwing Brasil, Andres Mutschler, em entrevista à Mercado&Consumo.
A primeira loja física da Westwing no mundo foi aberta em 2014 no Shopping Cidade Jardim, na zona sul da capital paulista. A pop up store inicialmente funcionaria por seis meses, mas acabou permanecendo aberta por quase dois anos. Outra unidade temporária funcionou por cerca de um ano no Shopping Pátio Higienópolis, no centro de São Paulo.
Espaço fixo
A marca só ganhou um espaço fixo mesmo em 2016, no bairro de Vila Madalena, também na capital paulista. No ano passado, a Westwing deu a largada no plano de expansão, abrindo duas lojas físicas no Rio de Janeiro (uma Ipanema, na zona sul da cidade, e outra no Village Mall, na Barra da Tijuca) e uma em Brasília (Shopping CasaPark). No começo de 2022, outra unidade foi inaugurada em Campinas.
“Nosso negócio continua muito digital. Mas a gente também percebeu que, na nossa categoria, que é de casa e decoração, o físico faz muita diferença ainda. As pessoas veem uma coisa no site e acham linda, mas se questionam sobre a qualidade e o conforto. Então temos essa visão de que trazer o mundo físico ajuda as pessoas a terem mais experiência com a marca. Nossa aposta era de que abrir essas lojas físicas ia nos ajudar a acelerar nosso negócio como um todo, não só na venda física, mas principalmente na digital. Foi uma estratégia bem acertada e a gente está expandindo”, conta Andres Mutschler.
Prova de que as lojas físicas apoiam a virtual é que o clube de compras, modelo inicial da Westwing baseado em campanhas promocionais temáticas e temporárias, ainda representa a maior parte dos negócios da empresa. Em seguida vem o Westwing Now, e-commerce lançado em março de 2020, e só depois as lojas físicas. Nas próprias lojas, mais da metade das vendas é feita por meio de prateleira infinita – ou seja, são produtos que não estão expostos, mas são comprados após indicação dos vendedores.
SP, Rio e BH
As próximas lojas físicas da Westwing serão abertas em Moema, zona sul de São Paulo, no Shopping Rio-Sul, no Rio de Janeiro, e em Belo Horizonte. “A gente está começando a expansão pelas cidades que são nossos mercados mais relevantes”, explica Andres Mutschler. A expectativa é terminar 2022 com pelo menos dez unidades em funcionamento pelo País.
“A loja acaba sendo uma excelente alavanca para converter pessoas que já conhecem o Westwing em compradoras. Tínhamos mais de 9 milhões de pessoas cadastradas recebendo e-mail, mas que conheciam a Westwing como uma fonte de inspiração e nunca tinham comprado nada. As lojas físicas acabam contribuindo muito para essa primeira compra. Você ativa pessoas que talvez hesitassem um pouco mais de comprar no digital e que começam a fazer isso a partir da experiência no mundo físico.”
O CEO e fundador da Westwing Brasil, Andres Mutschler, destaca ainda que as lojas físicas alavancam iniciativas como as parcerias com influenciadores e as collabs, por exemplo.
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