O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou, nesta quarta-feira, 8, que o governo federal vai colaborar para conter a alta dos combustíveis, mas que ainda não há um “entendimento” com a Petrobras sobre a política de preços. Durante almoço com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), no centro da capital fluminense, o chefe do Executivo repetiu ainda que o governo pretende zerar o PIS-Cofins sobre a gasolina e o etanol.
Bolsonaro citou ainda o projeto aprovado na Câmara que limita a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis em até 17% como uma das medidas que ajudarão a conter a alta dos preços. O texto está pendente de votação no Senado, Casa que tem sido pressionada por governadores.
“Nós devemos colaborar em um momento difícil como este. Infelizmente, não temos um entendimento com a Petrobras. As grandes petrolíferas baixaram a sua margem de lucro. Aqui, se faz o contrário”, afirmou o presidente.
Bolsonaro disse também que não irá interferir na política de preços da Petrobras, “como o PT interferiu”. “Não vamos interferir na Petrobras, como o PT interferiu, lá atrás, no preço da gasolina. Não vamos interferir no preço da energia elétrica, como a Dilma interferiu”, prometeu.
Tributação dos combustíveis
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou na segunda-feira, 6, esperar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, resolva a questão dos combustíveis na seara da tributação nos próximos dias.
“O Paulo Guedes, espero que nos próximos dias resolva a questão dos combustíveis no tocante a impostos pelo Brasil. Ele já se demonstrou favorável a isso, tem trabalhado no tocante a isso. Espero que, nos próximos dias, até esta semana mesmo, tenhamos uma boa notícia sobre preços dos combustíveis no Brasil”, disse o presidente em entrevista à TV Terraviva.
Como mostrou na semana passada o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Bolsonaro reuniu ministros do primeiro escalão em seu gabinete na semana passada para discutir a possibilidade de editar um decreto de calamidade pública e, assim, criar um subsídio aos combustíveis.
Na ocasião, o ministro da Economia, Paulo Guedes, convenceu o presidente a esperar mais um pouco e prometeu resolver a questão.
Durante a entrevista, Bolsonaro ainda voltou a dizer que manteria Guedes em um eventual segundo governo, se assim o ministro desejar. “Havendo reeleição, praticamente ninguém será mudado. Alguns ministros devem querer sair porque é muito desgastante ser ministro”, observou.
Com informações de Estadão Conteúdo: (Rayanderson Guerra)
Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil