O varejo paulistano encerrou o primeiro semestre com alta média acumulada de 45,5%, na comparação com os mesmos seis meses de 2021. Se observados os últimos doze meses houve alta acumulada de 30,4% ante o apresentado nos doze meses anteriores. Os dados são do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), feito pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da associação. As altas, porém, não indicam um cenário tão positivo quanto parece.
A instituição pontua que essas altas não refletem a realidade do comércio na cidade de São Paulo. Isso porque as variações porcentuais se referem a um período do ano passado em que ainda havia restrições ao funcionamento do comércio.
Se a comparação das vendas do primeiro semestre for feita com o mesmo espaço de tempo de 2019, quando ainda não havia pandemia, há queda de 5,2% nas vendas. Na comparação dos últimos 12 meses, com os 12 meses finalizados em junho de 2019, a queda é de 4,2%.
Vendas no Varejo
As vendas do varejo devem registrar aumento nominal em junho, julho e agosto, segundo as projeções do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). As empresas associadas ao instituto estimam aumento nominal das vendas de 7,3% em junho, 7,8% em julho e 9,3% em agosto, na comparação com os mesmos meses do ano anterior.
O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo) é elaborado com base nas projeções feitas pelas empresas associadas do instituto e apurado pela EY.
Descontada inflação medida pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) projetado, a previsão é de queda nas vendas de 4,3% em junho e 3,4% em julho e estabilidade em agosto, sempre em relação aos mesmos meses do ano anterior. Em maio deste ano, houve queda de 2,6% em relação a maio de 2021 e crescimento de 18% em relação a maio de 2019, no período pré-pandemia. Maio deste ano foi o primeiro mês de variação negativa após dois meses seguidos de variação real positiva.
Com informações de Estadão Conteúdo: (Talita Nascimento)
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