Um dia após a Câmara dos Deputados aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que turbina benefícios sociais a menos de três meses das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a partir do dia 1º de agosto o Auxílio Brasil passará de R$ 400 para R$ 600. “É boa notícia para os mais necessitados”, enfatizou.
Para garantir os recursos ao pagamento dos novos auxílios e da ampliação dos benefícios sociais incluídos na PEC, o governo terá de editar uma medida provisória (MP) com crédito extraordinário. O valor total de aumento de despesas é calculado em R$ 41,25 bilhões aos cofres públicos.
A PEC, articulada pelo Palácio do Planalto e sua base governista no Congresso, além de aumentar o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 por mês, também viabiliza bolsa-caminhoneiro, bolsa-taxista e vale gás. As medidas valem só até o fim deste ano.
Durante o discurso em congresso das Assembleias de Deus no Maranhão, o presidente destacou ainda seu esforço em reduzir os preços dos combustíveis, que se tornaram o principal obstáculo à reeleição. “Não é fácil enfrentar lobby poderosíssimo como dos combustíveis”, disse. Bolsonaro sancionou o projeto de lei que estabelece o teto do ICMS para combustíveis, tema que foi criticado por governadores que temem perda na arrecadação.
Aprovação na Câmara
A Câmara aprovou na noite desta quarta-feira, 13, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que decreta estado de emergência no País para respaldar a concessão e ampliação, pelo governo de Jair Bolsonaro, de uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição.
No segundo turno, foram 469 votos a favor, 17 contrários e 2 abstenções. Para garantir o quórum de deputados da base governista e impedir a oposição de emplacar mudanças no texto, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), fez uma manobra e permitiu que os parlamentares votassem de forma virtual, por meio de um aplicativo.
Com informações de Estadão Conteúdo: (Giordanna Neves e Matheus de Souza)
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