O capitalismo empresarial ganhou força e destaque nas organizações na era industrial, quando foi inserido no contexto equipamentos (máquinas) que aumentavam consideravelmente a produtividade e o retorno financeiro elevado às empresas. Esse tipo de mecanização, fez com que se pensasse em uma padronização, também humana, nas relações trabalhistas gerando uma lucratividade certa e de comportamento altamente dominável.
Segundo a história, Henry Ford, que revolucionou a indústria a partir de 1914, criou uma linha de montagem trazendo uma maior eficiência, com sistemáticas de produção em massa e um nível de desenvolvimento de pessoas praticamente nulo, pois cada empregado realizava apenas uma pequena parte da produção.
Bem próximo ao Fordismo, por volta de 1930, temos na história um movimento que visava desde aquela época a humanização da organização, conhecida como Experiência de Hawthorne, que foi idealizada por Elton Mayo, onde ele planejou um estudo sobre a influência das condições de trabalho na variação da produtividade em que estava inserida tal experiência. O que ficou evidenciado foi, exatamente, a influência positiva em relação à produtividade que Elton Mayo teve em retorno aos empregados que se sentiam partes integrantes e importantes desse processo.
A utilização da Administração de Recursos Humanos nas empresas, em algumas literaturas, começa a ser estudada por volta de 1940, com a necessidade de contabilizar os registros dos empregados, bem como o desconto de suas faltas. Resumindo essa administração passou a cuidar das condições de trabalho dos trabalhadores, bem como nos benefícios a eles disponibilizados, baseando-se apenas em leis.
Segundo Chiavenato (2009), o conceito de homem complexo pressupõe que, em suas transações com o ambiente organizacional, os indivíduos sejam motivados por um desejo de usar suas habilidades de solucionar problemas ou de dominar os problemas com os quais se defrontam, ou, em outros termos, que se esforcem para dominar o mundo externo. No sistema particular de personalidade individual, o padrão de valores, de percepções e de motivações é o resultado da interação das características biológicas do indivíduo com a experiência de desenvolvimento que o indivíduo acumula desde a infância até a vida adulta. A variabilidade de experiências faz com que cada sistema individual se desenvolva diferentemente. Também os problemas que aparecem diante dos indivíduos variam infinitamente. Assim, cada sistema individual tem características únicas de complexas.
A Administração de Recursos Humanos, deixa de ser apenas um setor a mais na empresa, ou àquele setor de staff e passa a ser parte integrante de decisões estratégicas para uma organização. Gerenciar o capital humano é mensurar o imensurável, é adaptar qualidades, conhecimentos, habilidades, valores a cada setor da organização, bem como alinhar esse capital à visões organizacionais como um todo.
Para Chiavenato (2011), empresas bem sucedidas se organizaram e passaram a investir nos recursos humanos, visto que esses recursos são visualizados como peças chaves, responsáveis pelo sucesso ou não da empresa. O que era mecânico passou a ser dinâmico através de treinamentos voltados à motivação, atendimento ao cliente, gestão, fortalecimento de equipe, entre outros que buscavam o equilíbrio e sustentação de um meio organizacional estruturado capaz de conduzir e enfrentar os desafios de uma organização. A preocupação não esta mais focada apenas no objetivo final da empresa, mas também comprometida com a satisfação dos colaboradores.
Porém a Administração de Recursos Humanos tende, por vezes, a cair no descrédito de grandes empresas ou por alguns gestores, por ser visto como o setor das dinâmicas de grupo e de uma comoção sem sentido, que muitos profissionais trazem na personalidade de achar que Recursos Humanos é somente um setor baseado em rotinas que tem como base a subjetividade. Essa é realidade não sustenta em si o verdadeiro sentido da importância desse setor em uma companhia, tendo por base, o desenvolvimento humano, através da Gestão desse mesmo capital, associando e demonstrando isso em números como forma de convencer que é através do desenvolvimento que o retorno, seja financeiro ou de imagem, chega à companhia.
E essa é uma nova fase: unir o lúdico aos números, o subjetivo ao objetivo. No mundo cada vez mais voltado para a rentabilidade financeira, não se pode convencer nenhum empresário a investir em contos e percepções vazias e sem sentido. É necessário a criação de estratégias voltadas para as pessoas com fundamento baseado em desenvolvimento humano aplicado à evolução crescente da companhia.
São as pessoas que possuem a criatividade, a capacidade de inovação, etc. Cabe ao Recursos Humanos gerir todo esse capital humano e utilizar essa potencia como recurso. Estudar as pessoas e a melhor forma de aplicabilidade dessa força de trabalho inserida no lugar que dê a ela uma oportunidade de crescimento e evolução é a melhor forma de se manter um alto nível de Gestão de Capital Humano.
Fonte: Administradores