A Walt Disney lucrou US$ 1,41 bilhão no terceiro trimestre fiscal deste ano, informou nesta quarta-feira a companhia. O resultado representa um avanço de 53% na comparação anual, nota a empresa. A receita, por sua vez, subiu 26% no período, a US$ 21,5 bilhões.
O lucro ajustado por ação foi de US$ 0,77, abaixo da expectativa de US$ 0,98, feita pelo FactSet.
Mesmo assim, a ação subia 4,95%, às 17h58 (de Brasília) no after hours em Nova York.
Investidores também absorviam a informação de que o Disney+ ganhou 14,4 milhões de novos assinantes neste trimestre fiscal. Com isso, a Walt Disney conta com 221 milhões de assinantes através dos serviços de streaming, diz o CEO Bob Chapek.
“Continuamos a transformar o entretenimento à medida que nos aproximamos do segundo século, com novas narrativas convincentes em nossas muitas plataformas e experiências físicas imersivas únicas que excedem as expectativas dos hóspedes, tudo isso refletido em nossos fortes resultados operacionais neste trimestre”, afirma, em nota.
Custos maiores
As receitas diretas ao consumidor no trimestre aumentaram 19%, para US$ 5,1 bilhões, e o prejuízo operacional aumentou de US$ 0,8 bilhão para US$ 1,1 bilhão. O aumento no prejuízo operacional foi devido a um prejuízo maior no Disney+, menor lucro operacional no Hulu e, em menor grau, um prejuízo maior no ESPN+.
Os resultados mais baixos no Disney+ refletiram maiores custos de programação e produção, tecnologia e marketing, parcialmente compensados por aumentos na receita de assinaturas e, em menor grau, na receita de publicidade.
O aumento nos custos de programação e produção deveu-se principalmente a mais conteúdo fornecido no serviço, incluindo o impacto da transmissão de 64 partidas de críquete no trimestre atual, em comparação com 29 partidas no trimestre do ano anterior.
O aumento da receita de assinatura foi devido ao crescimento de assinantes e aumentos nos preços de varejo, parcialmente compensados por um impacto desfavorável do câmbio. O aumento dos assinantes, bem como dos custos de tecnologia e marketing refletiu o crescimento nos mercados existentes e, em menor escala, a expansão para novos mercados. O crescimento da receita de publicidade foi devido às correspondências adicionais de IPL no trimestre atual.
A queda no Hulu foi devido a maiores custos de programação e produção e marketing, parcialmente compensados pelo crescimento da receita de assinaturas. O aumento nos custos de programação e produção deveu-se principalmente a maiores taxas por assinante para programar o serviço de TV ao vivo, refletindo um aumento no número de assinantes, aumentos de tarifas e transporte de mais redes. O crescimento da receita de assinatura deveu-se a aumentos nos assinantes e nos preços de varejo.
Os resultados mais baixos na ESPN+ foram devidos a custos mais altos de programação esportiva, parcialmente compensados por um aumento na receita de assinaturas devido ao crescimento de assinantes.
Com informações de Estadão Conteúdo (Ilana Cardial).
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