O presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou nesta quinta-feira, 11, que a empresa deverá atingir média de mil voos por dia até o fim do ano. Segundo o executivo, a média no segundo trimestre foi de cerca de 820 voos diários.
Rodgerson prevê o aumento das frequências por causa das viagens corporativas. Em teleconferência, ele explicou que a receita desse segmento está 130% acima dos níveis de 2019, no pré-pandemia.
O executivo abordou também o preço do combustível, que, segundo ele, ainda deve demorar algum tempo para cair, pois as aéreas pagam a cotação de 45 dias antes. Rodgerson ponderou que a oferta de voos deve crescer à medida que o preço do combustível começar a recuar.
A alta do combustível, aliás, teve papel fundamental para o resultado da aérea no segundo trimestre de 2022. A Azul registrou prejuízo líquido de R$ 2,62 bilhões no período, revertendo lucro de R$ 1,07 bilhão no mesmo intervalo de 2021, segundo balanço divulgado ontem.
O desempenho poderia ter sido ainda pior se a empresa não tivesse conseguido repassar o aumento do combustível: a tarifa média da Azul ficou em R$ 518,80 de abril a junho, alta de 64,2% na comparação anual.
Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o preço do querosene de aviação acumula alta de 71% até 1º de julho. No consolidado de 2021, o aumento acumulado foi de 92%.
O balanço da aérea também reportou receita operacional recorde no trimestre, de R$ 3,9 bilhões, ante R$ 1,7 bilhão no mesmo período de 2021. Já a receita de passageiros atingiu R$ 3,5 bilhões no mesmo intervalo, alta de 151% na comparação anual.
Com informações de Estadão Conteúdo
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