As vendas totais dos shopping centers da Aliansce atingiram R$ 2,786 bilhões no quarto trimestre de 2016, alta de 6,5% na comparação com o mesmo período de 2015. Excluindo as vendas do Shopping Leblon, ativo com participação recém-adquirida, as vendas totais atingiram R$ 2,60 bilhões no quarto trimestre, uma queda de 1,9%. No acumulado de 2016, o faturamento totalizou R$ 8,396 bilhões, uma retração de 0,2% em relação ao ano anterior.
As vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) tiveram uma queda de 4,3% no quarto trimestre de 2016, enquanto os aluguéis nas mesmas lojas (SSR) avançaram 6,3%.
A ocupação nos shopping centers da companhia foi a 96% da área bruta locável no quarto trimestre, alta de 0,2 ponto porcentual (p.p.) ante o terceiro trimestre. Nesse período, o custo de ocupação para os lojistas – medido como um porcentual das vendas – recuou 0,9 p.p. e atingiu 10,1%. A inadimplência líquida dos lojistas caiu para 3,4%, corte de 1,3 p.p.
No quarto trimestre de 2016, a receita de locação totalizou R$ 132,8 milhões, um crescimento de 7,5% se comparado ao mesmo período de 2015.
No fim do ano, a Aliansce modificou seu critério de contabilização da linha de provisão para devedores duvidosos (PDD) alterando a provisão para créditos em aberto a partir de 180 dias de inadimplência, e não mais a partir de 360 dias. Com isso, a PDD no quarto trimestre atingiu R$ 12,9 milhões, aumento de 24,7% em um ano.
Investimentos
A Aliansce prevê realizar investimentos (capex) de R$ 225,4 milhões até 2019, de acordo com projeção divulgada pela companhia. Esse montante será dividido em R$ 70,2 milhões em 2017, R$ 87,1 milhões em 2018 e R$ 68,1 milhões em 2019. A maior parte do montante no triênio (68,5%) será destinada para a manutenção e revitalização dos shopping centers da companhia.
Os valores de investimentos não incluem o saldo a pagar referente a aquisições de participações, que totalizava R$ 28,1 milhões até o fim de 2019.
O investimento líquido da Aliansce atingiu R$ 244,9 milhões no quarto trimestre e R$ 312,8 milhões no acumulado do ano. A aquisição do shopping Leblon no fim do ano respondeu por um aporte de R$ 188 milhões, sem contar a assunção de dívida. A Aliansce reiterou que possui projetos de expansão aprovados, mas espera a melhora do cenário macroeconômico para realizar novos investimentos no crescimento orgânico.
Atualmente, a companhia possui um projeto em desenvolvimento, que é a expansão do shopping West Plaza, em São Paulo, cuja inauguração passou do primeiro para o segundo trimestre deste ano.
Em sua apresentação de resultados, a Aliansce informou que permanece analisando oportunidades de investimento, mas mantém uma postura mais conservadora em relação a greenfields e expansões. Em relação a oportunidades de aquisição, a companhia diz entender que, tanto o aumento de escala do portfólio como a consolidação do setor fazem sentido e, portanto, fazem a análise de movimentações neste sentido.
A administração reiterou que manterá a estratégia de reciclagem de ativos e também disse que pretende manter a alavancagem (dívida líquida/Ebitda) nos níveis atuais. A companhia fechou o ano com uma alavancagem de 3,6 vezes.
Além disso, a Aliansce seguirá fazer esforços para baratear o custo da dívida. “Aproveitamos a queda na taxa de juros para aumentar nossa exposição ao CDI. Este indexador passou a representar cerca de 19% do endividamento bruto da companhia ao final do 1º trimestre de 2017, e é possível aumentar esta exposição para um porcentual entre 30% e 35% até o fim de 2017.”
Fonte: Estadão