“O foodservice propicia para o ecossistema de varejo a recorrência da visita, do contato e do relacionamento com determinada marca”, disse Cristina Souza, CEO da Gouvêa Foodservice, durante sua apresentação no Latam Retail Show, que começou na terça-feira (13) e terminou na tarde de hoje, quinta (15) no Expo Center Norte, em São Paulo.
A Mercado&Consumo foi parceira de mídia e fez uma cobertura especial em tempo real do evento, a partir de um estúdio montado na área de exposições.
Cristina ainda cita como exemplo as marcas de luxo, que entenderam o setor de foodservice como uma oportunidade de conexão com os clientes. Ela citou alguns exemplos, como o café da Tiffany, restaurante Armani e o bar da Porsche, que tem realizado esses projetos junto a grandes chefs. “Às vezes a pessoa vai ter esse primeiro contato com a marca e se relacionar com ela dessa forma”, completou. A CEO da Gouvêa Foodservice também explicou que a integração com o foodservice cria a possibilidade de ampliação da experiência do consumidor.
Uma das convidadas do debate, Joana Ramalho, diretora de estratégia e inovação da Mercadinho São Luiz, contou ao público como tem sido a experiência da rede de supermercados ao explorar cada vez mais o foodservice. Atualmente, a rede cearense de mercados conta com 23 lojas, todas no Ceará, e três bandeiras de atuação.
Joana mostrou que o serviço de buffet instalado nas unidades da rede recebe em média 13 mil clientes por mês, com uma frequência de 3,5 vezes ao mês e ticket médio de aproximadamente R$ 20,00. “O que é mais interessante, é que esses mesmos clientes que gastam R$20,00, agora também consomem no supermercado e ainda deixa mais R$ 110,00 com compras”, complementou.
Tecnologia
Cristina Souza ainda reforçou a importância da tecnologia e meios digitais para eficiência do ecossistema, além de também proporcionar dados para entender o comportamento do consumidor. “Ecossistemas exigem um fio condutor digital”, pontuou.
Na mesma linha, Eduardo Ribeiro, diretor comercial da Domino’s Pizza Brasil, apresentou para o público como a rede de pizzarias e franqueados seguem alinhados e integrados tecnologicamente. Ele também destacou que o mercado de pizzarias ainda tem um potencial enorme para expansão no Brasil se comparado com outros mercados como Argentina, México e os Estados Unidos.
Ao abordar o embate entre canais, o diretor da Domino’s explicou que na rede de pizzarias 60% dos pedidos são feitos de formal online por diversos canais. Apesar disso, ele faz uma ressalva de que a empresa ainda tem uma grande quantidade de pessoas que ligam para o local e não pode esquecer desses clientes. “É claro que ter um canal próprio é importante, mas não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo no mercado”, finalizou Ribeiro.
Imagem: Marcelo Audinino