Cresce número de empreendedores com menos de 30 anos no setor de tecnologia

Participação dos jovens na sociedade das empresas saltou de 3% para 33% na última década

O número de sócios de empresas de tecnologia com menos de 30 anos saltou de 3% para 33% na última década, o que mostra que o setor tem atraído muitos jovens que buscam empreender em vez de buscar uma colocação como funcionário.

Os dados constam do Insights Report da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Paraná (Assespro-PR).

Para a Assespro-PR, esse crescimento pode ser atrelada à própria evolução da tecnologia. Com o aumento do acesso a ferramentas e a forma de adquirir conhecimento, como o ensino a distância, ter uma empresa de tecnologia passou a ser muito mais fácil até mesmo quando se fala do aporte inicial para começar o negócio.

Isso também pode ser corroborado por outro dado do Insight Report. Com a facilitação burocrática do Simples Nacional, por exemplo, empreender ficou mais viável. A taxa de expansão das empresas aderentes ao Simples Nacional manteve um crescimento contínuo, ao longo do período 2012 e 2022, da ordem de 650%, em âmbito nacional. Esse regime de tributação passou de 9% do total das empresas, em 2012, para 41%, em 2022.

Brasileiro mais empreendedor

De forma geral, o brasileiro está mais empreendedor, especialmente no ramo de Tecnologia da Informação (TI). Considerando-se o mercado de startups, apenas em 2021 essas empresas foram responsáveis por mais de 100 mil contratações, segundo dados do relatório 2021 Wrapped Brazilian Startups. O crescimento foi de 200% no valor aportado.

O Insights Report também mostrou que esse é um movimento que tem se fortalecido nos últimos dez anos, um vez que, atualmente, existem cerca de 100 mil empresas de tecnologia ativas a mais, um salto de 186 mil empresas em 2012 para 275 mil em 2022.

No Brasil, o tempo de vida média das empresas em atividade no ramo de Serviços em Tecnologia da Informação é de 5,6 anos. Segundo a Assespro-PR, no Paraná as médias são mais baixas nesse quesito, de 4,7 anos. Já São Paulo, a unidade federativa com maior quantidade de empresas ativas (48% do total nacional), apresenta uma média igual à nacional, com o Rio Grande do Sul (5,9) e Rio de Janeiro (7,4) com médias superiores à do Paraná.

Imagem: Divulgação

Redação

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