O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um empréstimo para a empresa americana SkyWest Airlines adquirir seis jatos comerciais E175 da Embraer. O financiamento soma R$ 670 milhões, com desembolsos realizados em reais no Brasil em favor da Embraer, através da modalidade BNDES Exim Pós-embarque. A SkyWest “assumirá o compromisso de pagamento em dólares ao BNDES, gerando divisas nesta moeda para o Brasil”, informou a instituição financeira, em nota.
Segundo o banco de fomento, as aeronaves serão entregues pela Embraer ainda esse ano para a SkyWest, conforme previsto em contrato comercial previamente celebrado entre as partes.
O BNDES lembra que esta é a segunda operação de financiamento concedida à SkyWest para aquisição de aeronaves da Embraer tendo como garantia o seguro de crédito privado da Aircraft Non Payment Insurance (ANPI), fornecida pelo consórcio de seguradoras privadas denominado Aircraft Financing Insurance Consortium (AFIC). O primeiro financiamento liberado pelo banco de fomento à companhia aérea americana nesses moldes foi em dezembro de 2020, no valor de cerca de R$ 400 milhões.
“O seguro prevê que, em caso de inadimplência por parte do devedor, as seguradoras honrem o serviço da dívida enquanto durar o default. O seguro de crédito privado da ANPI também aumenta a flexibilidade e velocidade de implementação do financiamento entre as partes para os compradores das aeronaves da Embraer”, explicou o banco, em nota.
O seguro ANPI da AFIC é liderado pela corretora e consultora de risco Marsh. A apólice do seguro ANPI foi subscrita por um consórcio que contou com a participação de quatro grupos de seguradoras internacionais: AXA XL, AXIS Capital, SOMPO International e Fidelis Insurance.
O BNDES informa que já firmou dez contratos de financiamentos com a SkyWest desde 1998, para que a companhia americana adquirisse 200 aeronaves: 18 modelos EMB120 e 175 modelos E175 já foram entregues, e sete modelos E175 ainda serão entregues.
O banco e fomento ressalta que financia exportações da Embraer desde 1997, para prover “condições de competitividade similares às de suas concorrentes internacionais, que também contam com financiamentos dos bancos de desenvolvimento e agências de crédito à exportação (Export Credit Agencies) dos seus respectivos países”.
Com informações de Estadão Conteúdo: (Daniela Amorim)
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