A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) registrou queda de 17% nos veículos que chegaram hoje (1º) ao terminal da capital paulista, na Vila Leopoldina.
Segundo a empresa, entre a meia-noite e 10h entraram no entreposto 4,4 mil veículos, enquanto na terça-feira da semana passada, no mesmo espaço de tempo, foram recebidos 5,2 mil veículos.
A Ceagesp atribui a queda do movimento, em parte, aos bloqueios nas estradas. Desde a noite de domingo (30), caminhoneiros têm interrompido o tráfego em rodovias do país em protesto contra o resultado das eleições para a Presidência da República.
STF e PRF
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, na noite de ontem (31), que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias militares “tomem todas as medidas necessárias e suficientes” para a “imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido”.
A decisão atendeu a pedido da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que alegou, inclusive, risco de desabastecimento em algumas cadeias industriais.
Apesar da redução no movimento, o Ceagesp descartou a possibilidade de falta de mercadorias e alimentos. No entanto, a feira de flores de hoje, que deveria ter um grande movimento por conta da proximidade do feriado do Dia de Finados, foi afetada pelos bloqueios.
Para normalizar a situação no entreposto, foi liberada a entrada de caminhões para carga e descarga no terminal 24 horas por dia. Normalmente, o horário limite é até as 18h.
Produção de veículos
Fabricantes de veículos estão com unidades paradas desde a segunda-feira, 31, em razão da falta de peças ou dificuldade dos funcionários chegarem às fábricas por causa dos bloqueios em estradas feitos por caminhoneiros. Eles protestam contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou o atual presidente, Jair Bolsonaro nas eleições de domingo.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), há problemas “de grandes proporções” em várias montadoras, mas a entidade ainda não conseguiu fazer um levantamento com números. Há fábricas de automóveis, caminhões, ônibus e de máquinas agrícolas paradas ou com produção reduzida seja por falta de componentes ou de pessoal que não consegue chegar aos locais de trabalho.
Com informações de Agência Brasil.
Imagem: Agência Brasil.