Entre os dias 12 e 16 de novembro, os consumidores da varejista chinesa Shein poderão conferir ao vivo produtos que normalmente são disponibilizados apenas no site e aplicativo da marca. Nativa digital, a Shein agora inaugura sua primeira unidade física na América do Sul em formato pop-up store (espaço temporário) no Shopping Vila Olímpia, na zona sul da capital paulista.
A chinesa iniciou suas operações físicas no Brasil em março, com a abertura de uma pop-up store no Rio de Janeiro. Diferentemente de São Paulo, a unidade era utilizada apenas como vitrine para que os consumidores realizassem as compras de modo online, identificando produtos selecionados através de QR Codes em suas etiquetas.
Com aproximadamente 265m², a loja localizada no Shopping Vila Olímpia conta com diversos ambientes instagramáveis, aproximando os clientes físicos das raízes digitais da marca. Serão cerca de 11 mil peças disponíveis para compras, somando roupas femininas, masculinas e acessórios que seguem as principais tendências globais e locais. Nesta estréia, espera-se que 90% do estoque seja vendido.
De acordo com Felipe Feistler, general manager da Shein no Brasil, a inauguração de pop-ups stores são um meio para conhecer o mercado offline brasileiro, considerado estratégico para a marca. Além disso, possibilitar experiências omnichannel ao consumidor garante que a varejista conquiste até os menos apaixonados em compras digitais.
“O objetivo das pop-ups é gerar experimentação tanto de consumidores que já são nossos brand lovers, quanto daqueles que ainda não são, e trazer a experiência que podem ter em nossos canais digitais para o offline. Estamos testando como encontramos nossos consumidores também no offline e esperamos que eles se sintam mais próximos e entendam o que é a marca”, contou.
Planos de expansão
Presente em mais de 150 países, a Shein planeja criar uma capilaridade maior no Brasil. Está nos planos da varejista inaugurar mais uma pop-up ainda neste ano em Belo Horizonte, Minas Gerais. Em 2023, Feistler adianta que ao menos 4 unidades serão abertas em diferentes regiões do país.
“A ideia de democratizar a moda traz alguns princípios. Estamos democratizando pela qualidade, pela variedade, pelo preço, e alcançando diferentes regiões através de nossos canais. Trazer nossos produtos do online para o offline faz parte desse projeto”, complementou.
Recentemente, a Shein investiu também em uma parceria com a cantora e influenciadora Gabi Martins. A colaboração é parte da estratégia da marca de trabalhar com influenciadores e impulsionar sua presença no mercado digital. Com o customer centric como um dos pilares de seu negócio, o aplicativo da marca já alcançou a posição de primeiro lugar em downloads nos Estados Unidos. No Brasil, viu um crescimento de 51% no número de acessos mensais em suas plataformas digitais.
“A Shein trabalha muito bem no online e parte do nosso desempenho se deve às colaborações com personalidades. Trabalhamos com mega, macro e micro influenciadores, e a aceitação é muito boa. Trazemos sempre interessados na marca e que ficam encantados com a experiência que ela traz. Todo o unboxing feito nas mídias sociais cria uma experiência cativante, que acredito ser responsável pela compra e fidelização dos consumidores”, explicou.
De acordo com a HypeAuditor, ferramenta analítica de marketing de influência com base em algoritmos de Inteligência Artificial, a gigante chinesa é a marca que obtém os melhores resultados das campanhas feitas com influencers no Brasil. Nos seis primeiros meses de 2022, a varejista de fast-fashion colecionou 12,3 mil menções em redes sociais como Instagram, TikTok, YouTube, Twitch e Twitter. No mesmo período, a marca teve um alcance estimado de 42,7 milhões, obtidos graças aos 3 mil influencers contratados.
Imagens: Gabrielly Mendes