Motivar e melhorar a experiência do consumidor é sempre um grande desafio para as marcas. Entre as estratégias utilizadas para atrair e reter os clientes está a gamificação, que utiliza elementos e técnicas comuns aos jogos para estimular e motivar comportamentos específicos nos usuários.
Esse foi um dos temas apresentados na tenda Fábrica de Empreendedores, do Sebrae, na 14ᵃ edição da Campus Party Brasil, que acontece até terça-feira, 15, no Anhembi. “A gamificação usa mecânicas de jogos para estimular uma ação e engajar um consumidor ou um aluno”, afirma Jennifer Teles, fundadora do portal Gamificação Brasil.
Como trabalha com motivação, para implantar a gamificação, a empresa precisa antes de tudo entender os interesses, os anseios e as dores do seu público. Algumas pessoas, por exemplo, são motivadas pelo significado que a marca traz. Já outras querem se sentir desafiadas a conquistar novos desafios, enquanto existem consumidores que se motivam pelo medo de perder alguma oportunidade.
Entre as maneiras de aplicar a gamificação na jornada do consumidor, Jennifer cita a utilização de roletas e cronômetros no site para valorizar uma promoção. Como exemplo, ela apresentou o case de uma empresa de fidelização de clientes que as pessoas entravam no site, pesquisavam e saiam.
“As pessoas não estavam dando valor para isso. Nesse caso, a gamificação entrou para dificultar as pessoas de conseguirem o cupom. Foi colocada uma roleta que dava porcentagens de desconto. A pessoa podia ficar jogando para ganhar descontos maiores”, diz.
Em dois meses de projeto, o número de clientes passou de 2 mil para 10 mil. “Ao fazer a pessoa passar por toda a jornada, ela dá mais valor. Além disso, os cupons tinham tempo limite, o que gera. Isso gera escassesz, paciência e urgência”, diz.
A gamificação também pode ser usada para ajudar e conduzir o consumidor no processo de escolha, ao oferecer opções para que ele combine os elementos e decida.
Para fidelizar o cliente, a gamificação pode adicionar vantagens para o consumidor. “O Mercado Livre faz muito isso. A cada compra, o consumidor vai subindo de nível e adicionando benefícios, mas as regras precisam ser bem claras”, diz.
Imagem: Larissa Féria