O setor de meios de pagamento no varejo teve grande evolução nos últimos anos e, em especial, durante a pandemia, quando os hábitos de consumo mudaram para e se adaptaram à nova realidade. As principais mudanças e evoluções do setor, no cenário global e brasileiro, foram tema de debate durante o Interactive Retail Trends, evento promovido pela Gouvêa Experience com os principais temas abordados na NRF de 2022.
Pedro Coutinho, CEO da GetNet e Presidente da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito), destacou que o setor de pagamentos no Brasil é muito seguro e está à frente do cenário norte-americano em alguns aspectos. Ele comentou sobre os cartões com chip, que estão entrando no mercado americano agora, já são muito conhecidos no cotidiano brasileiro.
O executivo também mencionou a participação das transações feitas via cartões no consumo das famílias brasileiras. “O setor de meios de pagamento fechou o ano de 2021 com 54% de representatividade e devemos fechar 2022 em 60%”, complementou Coutinho.
Coutinho também cita que os impactos causados pela pandemia nas novas formas e novos hábitos de consumo se refletiram no crescimento e no processo de digitalização da economia. Ele citou o pagamento dos auxílios emergenciais, o uso do aplicativo “Caixa Tem” e as compras online como fatores que auxiliaram nesse processo.
O CEO da GetNet ainda reforçou o aumento das compras não presenciais (aquelas que são feitas no meio online) de 41% no ano passado. Disse, ainda, que as expectativas para este ano é de que cresçam mais de 30%, o que fará com que atinjam o equivalente a 26% do total da indústria. “Para se ter uma ideia, uma em cada três compras feitas com cartões no Brasil, hoje, já é realizada por meios digitais e não presenciais”, disse Coutinho.
Por fim, Coutinho finalizou a palestra comentando sobre o Pix e a importância dele. “Nós não estamos mais em um mundo em que precisa ser esse ou aquele dispositivo. Então o Pix tem uma contribuição enorme, principalmente em reduzir um custo importantíssimo para o Brasil que é diminuir a circulação de dinheiro físico no comércio e no varejo brasileiro”, afirmou o executivo.
Imagem: Marcelo Audinino