O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, apresentou a versão mais recente do headset de realidade virtual da empresa, chamado Meta Quest 3. O dispositivo, que é alimentado por um novo chip da Qualcomm, será 40% mais fino e terá telas e resolução atualizadas. Zuckerberg disse em um vídeo nas redes sociais que é o headset mais poderoso da empresa até agora.
O produto deve começar a ser vendido neste outono (no Hemisfério Norte) e terá um preço inicial de US$ 499, disse Zuckerberg. A empresa divulgará detalhes adicionais em sua conferência Connect em setembro, disse ele.
O anúncio ocorre dias antes da conferência anual de desenvolvedores mundiais da Apple, onde também é esperado o lançamento de um novo headset VR.
Zuckerberg mudou sua empresa para se concentrar em mundos virtuais imersivos, ou o metaverso, em uma mudança estratégica que levou ao rebranding do Facebook em 2021 como Meta. A gigante da mídia social gastou bilhões de dólares em fones de ouvido, software e aplicativos para o metaverso. Mas o mundo virtual enfrentou uma dura realidade em meio à lenta adoção do usuário. As empresas de tecnologia estão cortando empregos e abandonando projetos considerados não essenciais. Zuckerberg chamou 2023 de “o ano da eficiência”.
A adoção de programas de realidade virtual pelo consumidor tem sido um desafio para a Meta. A Reality Labs, que fabrica os headsets Meta Quest, registrou um prejuízo operacional de US$ 4 bilhões durante os primeiros três meses do ano. Outros concorrentes, como a Microsoft, também têm lutado para fazer com que os consumidores comprem programas de RV.
O novo headset VR da Meta está fazendo sua estreia, já que a empresa enfrenta uma concorrência crescente de empresas como a ByteDance, controladora do TikTok. A ByteDance recentemente se ofereceu para pagar aos desenvolvedores que criaram software de realidade virtual para a Meta trazer seus aplicativos para seus próprios headsets Pico. A Sony lançou seu PlayStation VR2 no início deste ano, a segunda versão de seu headset com a tecnologia.
Espera-se que a Apple revele um fone de ouvido de realidade mista que combine realidade aumentada e virtual, informou o Wall Street Journal. A empresa espera uma adoção mais lenta do fone de ouvido em comparação com produtos de sucesso, como o Apple Watch ou o iPhone.
A Meta controlava cerca de 48% da participação de mercado entre os fabricantes de headsets de realidade aumentada e virtual, seguida pelo PlayStation VR2 da Sony com 36%, de acordo com a IDC. O Pico da ByteDance tinha cerca de 6% do mercado.
Com informações de Estadão Conteúdo
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