O diretor-executivo da Americanas, José Timotheo de Barro, renunciou ao cargo, informou a companhia em comunicado. Ele estava afastado de suas funções e atividades na companhia e em suas controladas desde 3 de fevereiro deste ano, junto a outros diretores, por conta da suposta fraude de R$ 20 bilhões na contabilidade da varejista.
A Americanas afastou de suas funções também os diretores estatutários Anna Christina Ramos Saicali, e Márcio Cruz Meirelles, além dos executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes.
A fraude está sendo investigada internamente pela companhia, que está em recuperação judicial.
Assembleia Geral
A Americanas realizou sua Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGO), no dia 29 com poucas surpresas. Foi o primeiro encontro desde a revelação do rombo contábil de R$ 20 milhões, que se seguiu à exposição dos conflitos entre a varejista e os bancos, aos debates internos sobre gestão e transparência.
Desta vez, os acionistas – que não são contemplados nas medidas relativas à crise contábil e à recuperação judicial – tiveram a palavra. Mas apenas o equivalente a 42,4% do capital social participou.
Houve protestos contra o trio de referência de acionistas da Americanas, composto por Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Mas as manifestações não chegaram a impedir a votação.
Um dos principais temas do encontro estava na agenda da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que se seguiu imediatamente à AGO e envolvia certo nível de tensão entre os acionistas. Foi a ratificação da recuperação judicial da Americanas e o aval para eventuais medidas que os administradores venham a adotar a fim de salvar a companhia. Os dois tópicos foram aprovados pela maioria dos acionistas presentes.
Todavia, a aprovação das contas de 2022, primeiro tópico da pauta, foi adiado em função dos ajustes que estão sendo feitos no balanço da Americanas.
Com informações de Estadão Conteúdo (Cynthia Decloedt).
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