O diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 2, que as apostas eletrônicas, as “bets”, são de interesse da instituição pelos seus impactos no consumo e endividamento das famílias. A regulação desse setor é de responsabilidade do Ministério da Fazenda, mas seria interessante criar canais institucionais para a troca de informações sobre o tema, afirmou.
Em um evento da XP Investimentos, em São Paulo, Galípolo destacou que as bets e outros novos elementos do mercado, como os criptoativos, estão em áreas “fronteiriças” de regulação.
“É importante, vai ser um desafio para todos nós que estamos do lado de cá, da regulação, da observância, como é que a gente consegue criar instâncias onde informações são trocadas para que a gente possa ter uma visão mais ampla”, disse o diretor.
Proibição do uso de aposentadorias e pensões
O Ministério da Previdência Social pode proibir o uso de aposentadorias e pensões em sites de apostas esportivas, as bets. De acordo com o ministro Carlos Lupi, uma alternativa legal ainda está sendo estudada e ele espera colocá-la em prática “o mais rápido possível”.
“O benefício da Previdência é para a subsistência da pessoa. O desafio da gente é que a gente não pode intervir no dinheiro privado. Mas como os pagamentos têm subsídio do governo, a nossa equipe jurídica está estudando a proibição baseada nisso, de que tem dinheiro do Tesouro e dinheiro público não foi feito pra entrar no jogo.”
Com informações de Estadão Conteúdo e Agência Brasil.
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