O Casino divulgou nesta quarta-feira, 3, os resultados de um estudo independente que atestou a equidade do processo de reestruturação financeira do varejista francês, que controla o Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil. Segundo a avaliação da consultoria Sorgem Evaluation, o acordo é “justo” para os atuais acionistas da empresa.
O processo de reorganização societária é conduzido por um consórcio liderado pelo bilionário Daniel Kretinsky, que promete injetar mais de 1 bilhão de euros na companhia. O valor empresarial do grupo de 3,71 bilhões de euros, implícito no acordo, está bem abaixo da dívida líquida da corporação, de 7,88 bilhões de euros, conforme o relatório da Sorgem.
Assim, os consultores estimam que o valor econômico por ação e, portanto, o valor por cada 100 ações é zero. Com a implementação do plano financeiro, essa métrica subiria para cerca de 5 euros, muito próximo do preço de subscrição do aumento de capital reservado ao consórcio.
“Após a conclusão do plano de reestruturação, o Consórcio deteria e controlaria 53,7% do capital social do Casino, enquanto os atuais acionistas seriam maciçamente diluídos, detendo cerca de 0,3% do capital social após a conclusão da reestruturação“, destaca a nota do Casino.
Plano de reestruturação
Em 5 de outubro do ano passado, o Casino concluiu o acordo com credores, garantindo sua reestruturação financeira.
O acordo, feito após pactos preliminares anunciados em julho e setembro, reduz a dívida do Casino em 6,1 bilhões de euros. A varejista recebeu 1,2 bilhão de euros em capital adicional, dos quais 3,52 bilhões de euros para serem convertidos em dívida não garantida e mais 1,355 bilhão de euros em dívida garantida em capital.
Com informações de Estadão Conteúdo (André Marinho)
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