A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que representa companhias do setor de pagamentos, disse não ter identificado até o momento evidências do golpe que “sequestraria” maquininhas para clonar cartões. O golpe foi informado nesta semana pela empresa de cibersegurança Kaspersky.
“A Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento, esclarece que, até o presente momento, não identificou junto às empresas associadas nenhuma evidência da ação de um suposto malware nas máquinas de cartão que estaria bloqueando as transações por aproximação”, informou a entidade em nota.
Segundo as informações da Kaspersky, criminosos teriam criado uma modificação em um programa malicioso para fraudes com cartão de crédito que seria capaz de bloquear transações por aproximação, o chamado NFC. Desta forma, o usuário teria de inserir o cartão nas maquininhas que, infectadas, clonariam os dados do meio de pagamento.
A Abecs destaca que continuará monitorando e buscando informações no mercado a respeito do suposto golpe, e que o pagamento por aproximação é extremamente seguro. “O pagamento por aproximação é uma tecnologia segura, adotada em diversos locais do mundo, com os mesmos parâmetros de segurança exigidos no Brasil.”
De janeiro a setembro do ano passado, as transações utilizando pagamento por aproximação somaram R$ 386,2 bilhões, alta de três vezes e meia em relação ao mesmo período de 2021, segundo os dados da Abecs. O número representava 16% do volume transacionado com cartões no País.
Na nota, a entidade recomenda aos lojistas que fiquem atentos a ligações telefônicas de falsos técnicos das empresas de maquininhas, e que os clientes confiram sempre as faturas de cartão e cadastrem o recebimento de mensagens de texto sempre que o meio de pagamento for utilizado.
Com informações de estadão Conteúdo: (Matheus Piovesana)
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