O Uber divulgou pela primeira vez desde a sua fundação em 2009 um lucro operacional de US$ 326 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão), de acordo com balanço do segundo trimestre deste ano divulgado na terça-feira, 1º.
A empresa já havia reportado lucro líquido trimestral em outros episódios, mas sempre alimentado, em grande parte, por ganhos de investimento, como foi o caso do primeiro trimestre deste ano. Nos três meses encerrados em 30 de junho, a empresa gerou lucro líquido de US$ 394 milhões (R$ 1,8 bilhão), superando as previsões do mercado. Analistas esperavam que a companhia registrasse perda de US$ 49,2 milhões (R$ 236 milhões).
A receita total saltou 14% para US$ 9,2 bilhões (R$ 44,2 bilhões) durante o período. Apesar dos resultados, a empresa viu cair 5,1% suas ações no pregão de terça-feira. “O mercado não acredita que a Uber pode manter o crescimento de primeira linha nesses níveis”, disse Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligence.
Demissões
A Uber Technologies cortou 200 recrutadores da empresa em junho, segundo memorando enviado aos funcionários. A companhia está buscando diminuir custos em meio às condições econômicas duras.
A demissão afetou 35% da equipe de recrutadores da Uber, o que representa menos de 1% do total de funcionários da empresa. A companhia já havia realizado centenas de cortes neste ano, principalmente nas unidades de frete e nas operações de entrega de comida no exterior. As demissões anteriores somadas às desta quarta-feira representam um corte de 3% no número de funcionários desde o começo de 2023.
A empresa conta com mais de 32.000 empregados ao redor do mundo, já que os motoristas parceiros não são considerados funcionários.
Com informações de Estadão Conteúdo
Imagem: Shutterstock