As ações da fabricante de chips norte-americana Qualcomm caíram mais de 9,21%, às 13h39 (de Brasília), após ela reportar números baixos de venda e afirmar que planeja uma nova leva de demissões. A empresa, que fabrica os chips para smartphones da Apple e Android, tem buscado crescimento em novas áreas em meio ao declínio do seu principal negócio.
De acordo com a Qualcomm, a receita de chips para aparelhos celulares foi de US$ 5,26 bilhões no último trimestre, uma queda de 25% em comparação com o mesmo período do ano passado e abaixo das expectativas dos analistas consultados pela FactSet.
As vendas totais da Qualcomm caíram 23%, para US$ 8,45 bilhões, abaixo das estimativas de Wall Street. Seu lucro recuou mais da metade, para US$ 1,8 bilhão.
Diante desse cenário, o presidente-executivo da Qualcomm, Cristiano Amon, disse em teleconferência com analistas que a empresa reduziria ainda mais os custos.
Em um documento regulatório, informou que isso consistiria em grande parte em demissões, mas não especificou quantos empregos seriam afetados.
Fabricantes de chips coreanos e taiwaneses
O governo do presidente americano Joe Biden planeja permitir que os principais fabricantes de semicondutores da Coreia do Sul e de Taiwan mantenham e expandam suas operações existentes de fabricação de chips na China sem represálias dos EUA, de acordo com comentários recentes de um alto funcionário do Departamento de Comércio americano.
Em outubro passado, os EUA implementaram restrições ao setor de semicondutores da China, mas também concederam isenções de um ano a várias empresas – incluindo a sul-coreana Samsung Electronics e a Taiwan Semiconductor Manufacturing – que investiram bilhões de dólares para construir fábricas na China.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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