Os investidores da Boeing estão avaliando o custo de uma greve dos trabalhadores da empresa, o que os coloca diante de uma escolha difícil. O sindicato, que representa cerca de 32 mil funcionários ou 20% da força de trabalho da Boeing, está solicitando um aumento salarial de 40% em três anos. No entanto, se a demanda dos trabalhadores for acatada, é estimado que a multinacional tenha US$ 1,5 bilhão em despesas adicionais por ano, segundo análise da Jefferies.
De acordo com o relatório do banco de investimento, isso aumentaria os custos da Boeing em cerca de 2%. Porém, dinheiro se tornou um tema sensível para a empresa, especialmente depois que a gigante americana precisou desacelerar a produção e enfrenta uma supervisão regulatória mais severa.
A dívida de longo prazo da Boeing também aumentou de US$ 11 bilhões no final de 2018 para cerca de US$ 53 bilhões. Se uma greve não for evitada, é esperado que os investidores vejam uma maior volatilidade nos resultados e nas ações da Boeing.
Aumento na demanda de aeronaves
A Boeing estima um aumento de 3% nas entregas de aeronaves nos próximos 20 anos, com a demanda das companhias aéreas atingindo quase 44 mil novos jatos comerciais até 2043. A expectativa é que os mercados emergentes e a demanda global de aeronaves de corredor único continuem impulsionando o crescimento do setor.
A fabricante divulgou sua Previsão do Mercado Comercial 2024 (CMO – Commercial Market Outlook) durante o Farnborough International Airshow, um dos principais eventos de aviação do mundo, que ocorre nos próximos dias no Reino Unido.
A Boeing destaca a retomada de tendência do tráfego aéreo quatro anos após a pandemia. Em comparação com 2023, o movimento de passageiros aumentará em média 4,7% ao ano nas próximas duas décadas, de acordo com o CMO.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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