As vendas do varejo tiveram alta de 20,9% na capital paulista em setembro, na comparação com agosto, de acordo com levantamento da Boa Vista Serviços (BVS), da Associação Comercial de São Paulo. Para a entidade, o resultado confirma o reaquecimento do varejo na cidade.
Os números são menores do que os registrados na primeira quinzena de setembro, quando a alta foi de 35,8% de alta em relação aos mesmos 15 dias também de agosto. Para a Associação Comercial, os dados anteriores estavam mais aquecidos porque refletiram as promoções de vendas dos lojistas na chamada Semana do Brasil, em comemoração ao Dia da Independência.
Apesar disso, os dados gráficos mensais mostram que há uma curva econômica ascendente e que o aumento das vendas é gradativo desde que houve o relaxamento do isolamento social. Essa tendência gradativa, combinada com a aproximação do Dia das Crianças, deve resultar num período positivo para o varejo.
“Temos a expectativa de que as vendas aumentem de 15% a 20% em relação aos números registrados neste balanço”, projeta Marcel Solimeo, economista da ACSP. “Embora o Dia das Crianças não seja a data mais importante do calendário comemorativo, é importante para os segmentos de brinquedos e roupas infantis. É possível que, pelo fato de as crianças estarem em casa, os pais tenham ainda mais interesse em presenteá-las para entretê-las”, acredita.
Quedas menores mês a mês
Os números da Associação Comercial evidenciam o impacto da pandemia de Covid-19 no varejo. Em março, quando as medidas de isolamento social tiveram início, as vendas caíram 27% em relação aos 30 dias correspondentes do ano anterior. Em abril e maio, as quedas foram ainda maiores, de 63,8% e 67%, respectivamente.
Os dados seguintes já mostram quedas menores, apontando para um reaquecimento. Sempre na comparação com o mesmo mês do ano passado, as vendas caíram 54,9% em junho, 47,7% em junho e 33,6% em agosto. Agora, em setembro, a redução foi de 14,6% ante setembro de 2019.
“As vendas de outubro devem continuar crescendo, como têm crescido a cada mês sobre o mês anterior, reduzindo a queda que enfrentamos, neste momento de pandemia, em relação ao ano passado”, prevê Solimeo.
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