O foodservice no Brasil apresentou uma queda de 5,3% no número de visitas a estabelecimentos que servem refeições fora do lar, como restaurantes e lanchonetes, no terceiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022, conforme aponta a pesquisa CREST – um estudo sobre o comportamento dos consumidores da alimentação fora do lar conduzido pela Mosaiclab, que reflete o cenário econômico mais complexo.
O levantamento abrangeu 6 mil consumidores entrevistados por mês e destacou que o setor registrou 3,1 bilhões de visitas e um gasto total de R$ 54,3 bilhões, representando uma redução de 2,5% em comparação com o terceiro trimestre de 2022.
“A redução de tráfego tanto no almoço como nas refeições noturnas correspondeu a 93% da queda do setor no terceiro trimestre de 2023, o que representa 163 milhões de transações a menos”, afirma Ingrid Devisate, vice-presidente do IFB.
Além disso, o gasto apresenta uma perspectiva notável: apesar da queda no período, permanece em patamares históricos elevados, considerando o desempenho desde o terceiro trimestre de 2019, período pré-pandemia, quando atingiu R$ 54 milhões, registrando um aumento de 1%. Quanto ao ticket médio, mesmo com uma progressão de 3%, atingindo R$ 17,30, foi registrado o menor aumento desde o segundo trimestre de 2021.
Consumo
O volume de transações de alimentos não empratados atingiu um total de 343 milhões, superando os 325 milhões registrados no terceiro trimestre de 2022. No entanto, segmentos independentes, como empratados, lanchonetes, padarias e quilo/buffet, perderam ritmo.
O consumo on premise permaneceu estagnado em comparação com o ano de 2022. Por outro lado, a pesquisa indicou uma queda nas transações de delivery, passando de 506 milhões no terceiro trimestre de 2022 para 432 milhões no mesmo período em 2023. Isso destaca a necessidade de desenvolver estratégias para impulsionar esse canal crucial.
Refeições que englobam o almoço e o período noturno também apresentaram reduções significativas. As transações no terceiro trimestre deste ano foram de 680 milhões, em comparação com os 730 milhões do ano anterior para o almoço, e de 916 milhões, em comparação com o 1,029 bilhão, para o período noturno.
No entanto, o ticket médio dessas refeições durante esses períodos do dia aumentou mais do que a média geral de alimentação fora do lar, especialmente à noite, subindo de R$ 20,2 para R$ 21,6, representando um crescimento de 7%. Isso destaca a importância para os empreendedores focarem em ações mais assertivas para impulsionar os resultados nesses horários específicos.
Com informações de Mercado&Food.
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