Compras feitas pelos operadores de foodservice crescem 54% em junho

Cerveja, maionese, ketchup, margarina e farinha de trigo foram os produtos que tiveram maior alta nas compras

Apesar da pressão que as famílias brasileiras estão sofrendo com a alta da inflação e dos combustíveis no País, o segmento de alimentação fora do lar segue em recuperação em 2022. Um indicativo é o crescimento de 54% nas compras realizadas pelos operadores de foodservice em relação ao mesmo período de 2021.

Se comparadas ao mês de junho de 2020, período de pico da pandemia e com severas restrições sanitárias nos estabelecimentos comerciais, o salto foi de 131% nas compras do setor.

Os dados fazem parte do FoodCheck Macrotrends, monitoramento das vendas de categorias de produtos do foodservice, realizada pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB), com mais de 25 mil estabelecimentos em 2,5 mil cidades brasileiras. O levantamento é feito com 93 categorias agrupadas em 13 grandes grupos de alimentos. As principais métricas são o share valor e a variação indexada a ele.

Já na comparação com o mês de maio deste ano, as compras de produtos para canais distribuidores, atacado e indústria tiveram um aumento mais tímido, de 5%.

“Caso a economia mantenha esse ritmo no Brasil, apesar do ano eleitoral e da disparada da inflação, a expectativa é que a compra de produtos dos independentes cresça de forma importante, contribuindo para o crescimento do setor de uma forma geral”, afirma Ingrid Devisate, diretora- executiva do IFB.

Em todas as regiões

O levantamento aponta que o crescimento ocorreu em todas as regiões do Brasil, se comparado com os anos de pandemia. Em 2022, o maior share se apresenta na região Sudeste do País, com 50% das compras; seguida da Sul, com 32%. Nordeste tem 7% do share, Norte, 6% e Centro-Oeste, 5%.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, os destaques para ganho são os grupos farináceos e lácteos. Já os que tiveram maior perda foram os de proteínas e grãos.

Os produtos que apresentaram maior alta em junho foram: cerveja, maionese, ketchup, margarina e farinha de trigo. Por outro lado, azeite, refrigerante, salame e extrato de tomate apresentaram redução nas compras.

O estudo ainda evidencia desempenho positivo em relação ao mesmo mês do ano passado, mas agora com crescimento mais equilibrado entre os operadores. Padarias, restaurantes e lanchonetes se destacaram em junho, com o maior crescimento mensal do ano.

“Em 2022, o setor já consolidou sua recuperação, e a expectativa é que os níveis pré-pandemia devem ser atingidos já em 2023. Nesse contexto, é importante que as empresas do setor estejam atentas às pesquisas e aos órgãos que estudam o movimento do mercado para traçar estratégias que auxiliem na tomada de decisões. Um aumento de 131% em relação ao pior ano de isolamento e de 54% sobre o ano passado podem trazer uma importante diretriz e uma esperança real para os empreendedores”, afirma Ingrid.

Imagem: Shutterstock

Redação

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