Dezenove investidores se comprometeram a levantar US$ 7,14 bilhões em financiamento para a compra do Twitter pelo CEO da Tesla, Elon Musk. Entre os principais investidores, está o príncipe al-Waleed bin Talal da Arábia Saudita, que concordou em manter sua participação de quase US$ 1,9 bilhão no Twitter após a aquisição de Musk, segundo divulgação.
O novo dinheiro levantado cortará pela metade a soma que Musk precisa pegar emprestado em contrapartida à parte de suas ações da Tesla, e vai reduzir um pouco a quantia que ele deverá colocar pessoalmente, para cerca de US$ 20 bilhões.
O cofundador do Oracle, Larry Ellison, que tem posição no Conselho da Tesla, vai investir US$ 1 bilhão, enquanto a Binance, bolsa de criptomoedas controlada pelo bilionário Changpeng Zhao, prometeu US$ 500 milhões em financiamento.
Outros contribuintes incluem US$ 850 milhões da Sequoia Capital. Os braços dos gestores de ativos Fidelity Investments e Brookfield Asset Management Inc. também participarão.
Venda de ações da Tesla
O executivo-chefe da Tesla, Elon Musk, há anos vincula seus negócios pessoais à participação dele na montadora. Agora, usar ações dela para ajudar a financiar a compra por US$ 44 bilhões do Twitter leva essa conexão a um nível mais profundo. A depender do quadro, ele poderia inclusive se ver pressionado a vender parte de seus papéis da montadora Tesla.
Uma parte importante do plano de financiamento inclui US$ 12,5 bilhões em empréstimos, lastreados em mais de US$ 62,5 bilhões em ações da Tesla que Musk possui, ou cerca de 40% da fatia dele na empresa. A Tesla e vários bancos têm regras que exigiram dele colocar mais colateral, se as ações da companhia recuarem no valor.
Tomando-se em conta o preço do papel na quarta-feira, 27 de abril, Musk teria de satisfazer bancos com mais colateral, caso as ações da Tesla recuassem 43%, a cerca de US$ 504. Nesse caso, os banco teriam que exigir um adicional de US$ 14 bilhões, ou 28,5 milhões nesse nível citado, além das 70,9 milhões delas necessárias para o colateral original, ao preço da quarta-feira.
Com informações de Estadão Conteúdo:
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