Web Summit Rio: Design rouba a cena no último dia do evento

Um dos destaques desta quinta foi o brasileiro Fred Gelli, da Tátil Design

O palco Creatiff, que reuniu palestras sobre design e criatividade, foi um dos mais concorridos no quarto dia do Web Summit Rio, que terminou nesta quinta, 4, na capital fluminense. Nele, três designers roubaram a cena.

Logo na abertura dos trabalhos, o americano Dan Gardner, co-fundador da agência digital Code and Theory, defendeu no palco do Web Summit Rio a ideia de que estamos vivendo tempos de transformação e precisamos desenvolver novas habilidades para navegar nas ondas das mudanças de maneira eficaz. O problema é que, segundo ele, apenas 13% dos líderes responsáveis pelas experiências dos consumidores acreditam que entendem perfeitamente as necessidades de seus clientes.

Para atravessar esse oceano turbulento, Gardner recomenda que as empresas abracem a ideia do Design Transformation, que ele define como a prática de aumentar a prontidão de uma empresa para navegar pelas incertezas e alcançar seus objetivos de longo prazo. Isso passa por trabalhar fatores como Visão, Cultura, Alinhamento, Competências, Velocidade e Criação.

Outro apresentador que se destacou no último dia do Web Summit Rio foi o designer americano, diretor criativo e educador Brian Collins. Fazendo elogios ao Rio, cidade que diz admirar desde os 8 anos de idade, e prestando homenagens a celebridades nacionais, como Carmen Miranda (que, por sinal, era portuguesa de nascimento) e Oscar Niemeyer, Collins conquistou de cara a plateia. Mas não deixou de fazer críticas afiadas aos profissionais de marketing, branding e à turma do design thinking, que ele chamou pejorativamente de “posties”, em alusão aos post its usados nos seus workshops.

Durante a palestra, Collins contou que certa vez foi chamado por Steve Jobs para uma reunião. Lá, Jobs disse que queria criar algo insanamente genial. Em tom debochado, Collins fez um contraponto aos profissionais de marketing que encomendam aos designers apenas um MVP – Minimum Viable Product (produto mínimo viável). Ele defendeu a tese de que todo trabalho deva ser impactante, surpreendente e intencional. A palestra terminou com uma frase de impacto: “Torne o futuro tão irresistível que ele se torne inevitável.”

No entanto, a melhor sessão do palco dedicado ao design no Web Summit Rio coube a um brasileiro Fred Gelli, da Tátil Design. Em tempos de Inteligência Artificial, o tema escolhido foi “a inteligência natural inspirando futuros desejáveis”. Coerente com o discurso que sempre norteou o trabalho da Tátil, Fred mostrou como a natureza pode ser inspiração para a inovação nas empresas.

A proposta da metodologia da Tátil, apresentada no Web Summit Rio, pretende substituir o “marketing verde” pelo multicolor. Trocar a tentativa de conscientização pelo medo pelo interesse em novos caminhos. Usar o convite em vez da imposição, apelar para o desejo em lugar da rejeição e esquecer a abordagem “eco-chata” e adotar a “eco-sexy”.

Luiz Alberto Marinho é sócio-diretor da Gouvêa Malls e colunista da Mercado&Consumo e faz uma cobertura especial do Web Summit Rio.
Imagens: Luiz Alberto Marinho

Luiz Alberto Marinho

Luiz Alberto Marinho

Luiz Alberto Marinho é sócio-diretor da Gouvêa Malls, consultoria de negócios ideal para apoiar a nova geração de centros comerciais.

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