Executivos discutem as tendências do setor durante o Connection Foodservice 2023

O evento foi realizado neste final de semana em Itu, interior de São Paulo, pela Mercado&Consumo e pela Gouvêa Foodservice

As tendências do setor de foodservice vistas nos Estados Unidos e no Brasil foram tema do Papo de Boteco, painel onde executivos dividem insights do setor de maneira descontraída durante o Connection Foodservice 2023.

O evento foi realizado neste final de semana em Itu, interior de São Paulo, pela Mercado&Consumo e pela Gouvêa Foodservice, e contou com a presença de executivos de diferentes áreas do setor.

Estiveram presentes: João Adas, CEO da Cia Tradicional do Comércio; Lucas Rossi, CEO do Papila Deli; Adriana Pino, bartender; Gustavo Scarambone, sócio-proprietário da Lecadô; Tonico Novaes, CEO da Campus Party Brasil; e Lais Moreira, fundadora na Seventee Agência de Marketing Digital. A conversa foi medida por Aiana Freitas, editora-chefe da Mercado&Consumo, e Cristina Souza, CEO da Gouvêa Foodservice. 

João Adas foi quem inaugurou as falas do painel. O executivo comentou sobre o alto turnover do foodservice nos Estados Unidos e a importância de proporcionar boas condições de trabalho aos seus colaboradores.

“Nós falamos sobre automatização, mas precisamos de alguém para se aproximar das mesas e encantar o cliente. ‘Gente’ é um dos principais temas do setor, e buscamos exercer uma forte cultura nas companhias. Do salão à cozinha, os funcionários ganham piso salarial e gorjetas. Também estamos sempre próximos às pessoas através de encontros e contamos os diferenciais da companhia. No final de tudo, as pessoas decidem permanecer na empresa”, contou.

A tendência do formato dark kitchen foi abordada por Lucas Rossi. Para ele, é importante garantir que o cliente seja atendido de segunda à segunda-feira.

“Temos três pilares: criar comida boa pensada para o delivery, montando um prato que chegue ao consumidor do mesmo jeito que saiu da cozinha. Segunda coisa: processo. Tudo é metrificado em nossas dark kitchens, e sabemos todos os passos e onde estão nossos gargalos. O terceiro pilar é estabelecer preços que valorizem tudo o que fizemos e, ao mesmo tempo, garantir que o cliente possa comprar todos os dias”, explica.

Adoção de tecnologias e humanização

Gustavo Scarambone destacou a importância da omnicanalidade e controle de dados para a obtenção de competitividade. “Temos sete canais de venda e eu exijo que todos estejam disponíveis. Atualmente, existe um mar de possibilidades durante o tempo em que o cliente pega o telefone para fazer um pedido, e ele vai trocar de marca se uma tecnologia que permita que ele te encontre a qualquer hora não esteja disponível”, afirmou.

Cristina Souza fez uma reflexão sobre a perda de diferenciais após a introdução exagerada de tecnologia nos estabelecimentos. “É importante manter os pontos de contato com seu consumidor, assegurar a humanização do serviço e a diferenciação do seu produto”, esclareceu. 

Adriana Pino comentou sobre a a possibilidade da substituição do colaborador pela tecnologia. A executiva citou a Cecília, uma inteligência artificial desenvolvida para preparar drinks e que é capaz de se comunicar em mais de quarenta idiomas. A novidade foi apresentada durante a NRA Show 2023. 

“Vimos bastante robótica, coquetelaria e bebidas prontas na NRA. Eu não sei se uma tecnologia como a Cecília está próxima da nossa realidade; é uma boa alternativa para o dono do estabelecimento, pois padroniza a quantidade de bebida em cada drink, mas vai ser difícil substituir o bartender. A coquetelaria de qualidade é uma combinação de temperatura, diluição, e de entender o que o cliente quer e o que tem na prateleira”, explica. 

Imagem: M. Hitai

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