Clientes podem cadastrar chave do Pix a partir de hoje em todo o País

Consumidores de todo o País podem, a partir de hoje (5), fazer o cadastramento do Pix. O sistema criado pelo Banco Central do Brasil vai permitir pagamentos e transferências instantâneas de dinheiro durante 24 horas por dia, 7 dias por semana, e começa a funcionar para toda a população a partir de 16 de novembro. A promessa é de que as transações sejam feitas, no máximo, em até 10 segundos.

Para usar a nova modalidade, o cliente terá de cadastrar uma chave associada a uma conta bancária. Com essa chave, será possível localizar o destinatário do pagamento sem outros dados de identificação. As transações podem ser feitas pelos aplicativos de bancos e de pagamentos para telefone celular ou pelo internet banking em computadores.

Poderão ser usados como chave o CPF, o CNPJ, o número de celular, o e-mail ou um código de 32 dígitos gerado especificamente para o Pix (EVP). O EVP vai permitir a geração de códigos de barra do tipo QR Code, que podem ser lidos por câmera de celular para fazer pagamentos. Os códigos podem ser fixos, com um mesmo valor de venda (em locais de preço único), ou variáveis, sendo criados para cada venda.

Bancos fizeram pré-cadastros

Algumas instituições optaram por realizar um pré-cadastro da chave com seus clientes. Mas, mesmo que o consumidor já tenha feito esse processo, a partir de hoje os bancos terão de confirmar esse cadastramento com os usuários.

Para  o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, o Pix é uma inovação que trará mais segurança e conveniência ao consumidor em suas transações financeiras, como já ocorreram com outras ferramentas, como tokenização, mobile baking e internet banking.

“O PIX vai aumentar a inclusão financeira no País, estimular a competitividade e aprimorar a eficiência no mercado de pagamentos. O acesso a serviços financeiros constitui um passo crucial para a inclusão social e para o combate à desigualdade no país”, analisa.

Informações básicas vinculadas às transações

O ícone do PIX estará dentro do aplicativo bancário e no internet banking do cliente, assim como já estão outras funcionalidades, como DOC e TED. A chave Pix vincula as informações básicas do usuário aos dados completos que identificam a conta transacional do cliente (identificação da instituição financeira ou de pagamento, número da agência, número da conta e tipo de conta).

Os valores que poderão ser transacionados pelo novo sistema vão variar de acordo com o perfil de cada cliente, do mesmo modo que com outros serviços bancários. De acordo com a regulamentação do Banco Central, os limites variam de no mínimo 50% do valor das transferências tipo TED até o valor autorizado para compras em débito. Os limites também vão variar de acordo com o dia da semana e o horário em que for utilizado o serviço.

O cadastro da chave não é obrigatório para quem deseja fazer ou receber um Pix.  Caso o usuário queira usar o sistema de pagamento instantâneo sem ela, será preciso digitar todos os dados bancários do destinatário para realizar uma transação.

Bancos investiram em infraestrutura

De acordo com a Febraban, os bancos brasileiros estão investindo recursos adicionais em infraestrutura, tecnologia e segurança para padronizar e organizar o sistema dentro de um ambiente de comodidade e confiabilidade para o cliente. Segundo Isaac Sidney, as medidas são condizentes com os investimentos que o setor bancário vem fazendo em modernização tecnológica, da ordem de R$ 24,6 bilhões anuais.

Leandro Vilain, diretor-executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da federação, também ressalta que a entidade é favorável a medidas que reduzam a necessidade de circulação de dinheiro em espécie – que, somente de custo de logística, totalizam cerca de R$ 10 bilhões ao ano.

“A Febraban e os bancos estão se preparando para esse novo modelo de negócios e com a expectativa de reduzir o custo de logística de numerário”, diz.

* Imagens: Divulgação/BC

 

Redação

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Comentários 1

  1. Acredito que levará um tempo até adaptarmos a nova realidade. Como ex-funcionário do Bradesco, vi de perto como a tecnologia trouxe uma divisão de mundos: por um lado, as pessoas com maior poder aquisitivo e com mais conhecimento da tecnologia, o que facilita determinados processos, evitando aquela furadinha da fila do caixa. Do outro, o povo assalariado que ainda não conseguiu se adaptar completamente a biometria dos caixas eletrônicos (em alguns casos, os depósitos por meio de envelope e pagamentos de boletos ainda são feitos no caixa eletrônico).

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