O Bradesco e o Banco do Brasil, bancos controladores da Cielo, lançarão uma oferta para fechar o capital da companhia, que é listada na B3 desde 2009. De acordo com a empresa, na operação, que depende de uma série de aprovações, o preço por ação na oferta será de R$ 5,35, 6,4% acima do fechamento do papel nesta segunda-feira.
A oferta será lançada tanto pelos dois bancos quanto pela EloPar, holding que ambos controlam, pela Alelo e pela Livelo, e poderá adquirir até a totalidade das ações da companhia que não pertencem aos dois bancos.
Em paralelo, os controladores pedirão à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que converta o registro da empresa da categoria A para B, e também pedirão à B3 a saída da empresa do Novo Mercado, o segmento de maiores exigências em termos de governança corporativa do mercado brasileiro.
O laudo de avaliação foi feito pelo Bank of America, e a OPA será intermediada pelo Bradesco BBI. Em fato relevante, o BB informou que sua participação na companhia poderá chegar a até 49,99% do capital, e o restante ficará com o Bradesco.
Preço por ação em OPA será ajustado por dividendos, JCP e outros proventos
O preço por ação, de R$ 5,35, anunciado nesta segunda-feira, 5, pela Cielo no âmbito da oferta para fechar o capital da companhia, será ajustado por dividendos, juros sobre capital próprio (JCP) ou outros proventos declarados ou pagos pela companhia.
O ajuste inclui os juros sobre capital próprio a serem pagos em 30 de abril de 2024 e que considera a base acionária de 15 de março de 2024, com as ações da companhia negociadas ex-JCP a partir de 18 de março de 2024.
Em fato relevante divulgado na noite de segunda, em complemento ao anúncio da oferta, a empresa diz que o ajuste também vai considerar quaisquer grupamentos ou desdobramentos de ações de emissão da companhia, de acordo, inclusive, com os termos que serão previstos no instrumento da OPA a ser oportunamente protocolado e divulgado nos termos da legislação aplicável.
Os juros sobre capital próprio objeto do aviso aos acionistas também publicado nesta data será, portanto, deduzido do Preço por Ação. Tais ajustes serão realizados quando as ações da Companhia se tornarem “ex” referidos proventos.
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana e Beth Moreira)
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