O comércio não terá muito o que celebrar em relação às vendas do Dia das Pais este ano. Levantamento feito pelo Ibevar – Fia Business School mostra que o indicador de disposições de compra recua quase 20% em relação aos interesses manifestados em 2023. Depois de um aumento significativo em 2021, ou seja, logo após a pandemia, e relativa manutenção em 2022, as vendas para esse ano se mostram menos promissoras.
Foram consideradas seis categorias: alimentos e bebidas, experiências, vestuário e acessórios cuidados pessoais, eletrônicos, livros e entretenimento. Observa-se queda para os quatro primeiros setores e estabilidade, com discreto movimento de baixa, para os dois últimos.
Examinando as tendências desde 2017, identificamos mudanças mais amplas em direção a experiências, bem-estar, propósito e reconhecimento por ato de premiação. A recuperação pós-pandemia é evidente, mas a queda projetada em 2024 sugere a necessidade de um otimismo cauteloso e estratégias adaptáveis.
O estudo conclui que, para os varejistas, a chave será incorporar aos baluartes tradicionais como alimentos e bebidas aspectos relacionados à personalização, hibridização e promoções focadas em valor.
Em última análise, como afirma Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, “o sucesso dependerá da compreensão das necessidades em evolução dos consumidores, do monitoramento dos sinais do mercado e da entrega de produtos e experiências que ressoem emocionalmente, fornecendo uma clara proposta de valor. Agilidade na gestão de estoque, parcerias e marketing serão cruciais para navegar no cenário em mudança de presentear no Dia dos Pais no Brasil”.
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