A H&M anunciou que irá encerrar a distribuição de catálogos impressos. A última edição foi distribuída na semana de 29 de abril. Os catálogos da marca surgiram em 1980, com a compra da Rowells, empresa de mala direta e eram distribuídos em seis dos 72 mercados onde a companhia atuava. A decisão de suspendê-los foi tomada para seguir uma linha mais sustentável e porque as “compras de catálogo simplesmente não são mais relevantes para os consumidores de hoje”, afirmou a empresa.
A decisão de descontinuar os catálogos ocorre em um momento em que a H&M está realizando muitas mudanças. Em março, a varejista de fast fashion afirmou que a empresa deixará de fazer pedidos de caxemira convencional em um esforço direcionado a uma cadeia de suprimentos mais transparente. A empresa divulgou que 57% de todos os materiais usados nas confecções são reciclados ou de origem sustentável, o que representa um aumento de 35% em relação a 2018. A meta da companhia é usar somente materiais reciclados ou de fontes sustentáveis até 2030.
Embora a empresa tenha dito que os catálogos não se alinham aos comportamentos de compras dos consumidores de hoje, há algumas indicações de que eles ainda podem funcionar como um canal de compras, especificamente durante as festas de final de ano. Em novembro passado, a Amazon enviou seu primeiro catálogo de brinquedos. Alguns estudos apontam que os catálogos podem ser uma ferramenta de marketing mais eficiente do que o e-mail.
“O que você está tentando conseguir quando você tem o marketing de catálogo é uma razão para atrair consumidores para a sua seleção de produtos – e o papel brilhante tende a ser capaz de fazer isso de uma forma que um e-mail em meio a outros 100 não consegue”, disse Greg Portell, principal parceiro em consumo e varejo global da AT Kearney.
Outras empresas já haviam suspendido os catálogos antes da H&M. A Victoria’s Secret encerrou a sua produção em 2016 e a varejista de móveis sueca Ikea anunciou, em agosto do ano passado, que estava reduzindo os catálogos para atingir suas metas de sustentabilidade. A Calvin Klein também declarou em dezembro de 2018 que suspenderia a edição impressa até fevereiro, passando a apostar em um modelo digital.
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