O consumidor brasileiro está cada vez mais preocupado com a alimentação. Cerca de seis em cada dez afirmam ter percebido mudanças no consumo de alimentos saudáveis nos últimos anos, enquanto o consumo de alimentos industrializados e bebidas alcoólicas apresentou queda — 16% e 7%, respectivamente, afirmaram que pretendem parar de consumir esses produtos nos próximos anos.
Os dados são do levantamento “Mudanças e novos hábitos de consumo”, realizado pelo Centro de Estudos Aplicados de Marketing (CEAM), da ESPM, que considerou fatores externos como a digitalização e o estilo de vida. O objetivo é entender quais categorias de produtos e serviços têm sido mais impactadas por essas mudanças e identificar os novos hábitos dos brasileiros.
“Com o levantamento, buscamos observar as tendências de consumo, além de avaliar quais itens foram deixados de lado e quais passaram a ser mais consumidos”, diz Evandro Luiz Lopes, diretor acadêmico de pesquisa e Pós Stricto da ESPM.
Entre os produtos que os entrevistados não consumiam anteriormente e passaram a consumir, os naturais e saudáveis foram citados por 16% dos participantes. Já suplementos, cosméticos e produtos para pets registraram 5% cada. A pesquisa foi realizada com 400 pessoas entre março e abril de 2025.
Para quase 60% dos entrevistados, as redes sociais são importantes no processo de compra. No entanto, ao serem questionados sobre a influência dos criadores de conteúdo, quase 50% disseram não considerar os influenciadores digitais relevantes na hora de se informar sobre produtos e serviços. Ainda assim, 40% admitiram já ter comprado algum item indicado por eles em algum momento.
Quanto às formas de pagamento mais utilizadas, o cartão de crédito lidera, sendo a preferência de 46,5% dos consumidores. Em segundo lugar aparece o Pix, com 38,8%. O cartão de débito é preferido por 8,8%, e o dinheiro, por 6%.
Quando questionados sobre a destinação do orçamento anual, os entrevistados indicaram uma divisão equilibrada entre gastos pessoais e com outras pessoas. Cerca de 40,5% afirmaram destinar entre 50% e 69% do orçamento para si mesmos, enquanto 40% afirmaram gastar esse mesmo percentual com outras pessoas. Os principais beneficiários desses gastos são os cônjuges (50,5%), seguidos por pais (26%) e irmãos (17,3%), reforçando a priorização do núcleo familiar.
Imagem: Envato