A taxa de inadimplência (recursos livres) no varejo deve situar-se entre 5,09% e 5,67%, com uma média estimada de 5,38% em junho de 2024, de acordo com levantamento do Ibevar – Fia Business School. Isso implica em uma queda de 0,10 pontos percentuais (p.p.) em relação ao valor real de abril de 2024, que foi o último valor divulgado, e de 0,13 p.p. em relação ao valor estimado para maio de 2024.
Considerando o aumento de atrasos (recursos livres) observado, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média (5,38%) e o limite superior (5,67%) do intervalo estimado para o mês de junho de 2024.
“A inadimplência pessoa física continua caindo e esse resultado se deve principalmente à queda da inflação e acessoriamente ao programa Desenrola do Governo Federal”, explica Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School.
Situação no RS
Estudo do Ibevar e FIA Business School estima que a perda média diária de faturamento para as empresas varejistas do Rio Grande do Sul (RS), que ainda sofre com as enchentes em diversas cidades, seja de aproximadamente R$ 3,4 bilhões. Em um cenário de interrupção das atividades por cerca de 15 dias, o prejuízo poderia chegar a R$ 50,8 bilhões.
Tendo como referência o PIB do estado, quarta maior economia do Brasil, o valor representaria aproximadamente 10% de tudo que se produz no RS. O estudo considerou as principais cidades e regiões afetadas pelas enchentes, como Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Sapucaia do Sul.
Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School, acredita que a estimativa dá apenas uma visão parcial dos impactos mais diretos, mas lembra que o problema pode ser bem maior. “Além de afetar o RS, as enchentes no estado trazem impacto para a economia brasileira como um todo em diversos setores, sobretudo no varejo”, afirma.
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