A Shell afirmou nesta sexta-feira, 7, que espera um prejuízo de US$ 3 bilhões após impostos no segundo trimestre de 2023, grande parte disso devido a um aumento de 1% na taxa de desconto usada em testes de prejuízos.
Já segundo a gigante de energia britânica, a expectativa é que a produção upstream caia de 1,9 milhão de barris de petróleo por dia para entre 1,65 milhão e 1,75 milhão barris por dia para o segundo trimestre, refletindo uma programação de manutenção em locais como Brasil, Malásia, Golfo do México e Noruega.
Reinjeção de gás natural
No mesmo dia em que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), acusou a Petrobras de negligência por reinjetar grandes volumes de gás natural em campos de petróleo, executivos graduados do setor minimizaram publicamente o potencial gasífero do País.
O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da própria Petrobras, Mauricio Tolmasquim, e o presidente da Shell no Brasil, Cristiano Pinto da Costa, descartaram a possibilidade de o Brasil basear largamente sua matriz energética no insumo. As razões? Baixo volume relativo de reservas e alto custo de produção.
“O Brasil não tem tanto gás assim. Somos um País petrolífero, não gasífero. Precisamos entender isso, se não cria-se frustrações. Queremos fazer algumas coisas que outros países com muito gás fazem, mas não temos como fazer”, disse Tolmasquim.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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