A Superintendência de Seguros Privados (Susep) lançou nesta terça-feira, 7, um sistema de consulta de seguros. É algo similar ao Registrato do Banco Central: na plataforma, o consumidor pode consultar todos os seguros que estão registrados em seu nome, independente do ramo ou da seguradora.
O acesso à plataforma é feito através da conta gov.br, do governo federal. O sistema estará disponível para o público geral a partir da próxima segunda-feira, 13, e a Susep espera que ajude a coibir abusos ao direito do consumidor, e que auxilie na supervisão do mercado.
“Para o segurado, é a própria possibilidade de ele gerenciar as suas relações econômicas. No mercado, há situações em que há seguros contratados que o segurado sequer fez a contratação”, disse em coletiva de imprensa o chefe do órgão regulador, Alessandro Octaviani.
Ele afirmou ainda que o sistema pode ajudar a coibir a venda de produtos que não são regulados pela Susep, e que são vendidos ao público de forma irregular como se fossem seguros.
“São benefícios para a própria Susep”, disse Octaviani.
O superintendente disse que o programa coloca a fiscalização “na era do Big Data”. Em uma primeira fase, estarão disponíveis os dados de 800 milhões de apólices, o que inclui alguns ramos, como os de seguros de danos. “Futuramente, teremos a inclusão de outros ramos, tudo isso muito ‘faseado’.”
Setor arrecada 8,6% mais entre janeiro e agosto
De janeiro a agosto deste ano, os setores regulados pela Susep cresceram 8,6%, e chegaram a uma arrecadação de R$ 253,77 bilhões. Os dados foram compilados pela autarquia, que supervisiona os mercados de seguros, previdência privada e capitalização no País.
Os seguros de danos cresceram 12,8% no período, com arrecadação de R$ 83,31 bilhões. Os seguros de pessoas, por outro lado, cresceram 6,9%, para R$ 141,37 bilhões em arrecadação, ainda de acordo com a Susep.
Os seguros de danos incluem ramos como o automóvel, enquanto os de pessoas contabilizam produtos como os planos de previdência privada VGBL. O desempenho mais moderado da previdência tem feito com que o mercado revise suas projeções de crescimento neste ano para baixo.
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana)
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