O faturamento do varejo farmacêutico aumentou de R$ 137,3 bilhões em 2020 para R$ 152,1 bilhões em 2021, o que representou um crescimento de 10,8%, segundo dados divulgados pela IQVIA no fim de janeiro. O grande destaque foram as lojas das redes associadas à Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), que cresceram no ano 15,9%, praticamente 50% acima do mercado.
“O crescimento de dois dígitos do varejo farmacêutico é excepcional. Contudo, está nítido que o mercado estava impactado com a pandemia. Em dezembro entramos um pouco na normalidade, porém iniciamos o ano de 2022 um pouco diferente do imaginado, com o retorno do crescimento de casos da pandemia, somado com casos de gripe, podendo ter algumas novidades”, explica o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.
Já em relação ao desempenho da Febrafar, Tamascia complementa: “O fato é que crescemos 15,9%, ou seja, obtivemos um aumento de 50% acima do mercado. Esse resultado já se repete nos últimos onze anos, mostrando claramente que o varejo independente, quando bem-organizado, tem condição de crescer acima do restante do mercado.”
O crescimento do mercado está calçado no aumento de preço e abertura de novas lojas, sem crescimento de venda nas mesmas lojas. Já entre as empresas associadas à Febrafar, os números são diferentes: 5% relacionados estão ao aumento de preços, 7% com base em novas lojas, e 4% de crescimento na mesma loja.
“A Febrafar é o único agrupamento do mercado que tem crescimento nas mesmas lojas. Outro ponto a ser destacado em relação ao tema o crescimento de faturamento se dá de forma uniforme em todo o país”, analisa Tamascia.
Aumento de participação
O crescimento do faturamento dos associados da Febrafar está relacionado ao aumento da participação de mercado da entidade, que em 2017 era de 9,9% e em 2021 chegou a 12,9%. Outro destaque desse mercado é número de farmácias, que atualmente são 86.552 – dessas, mais de 12 mil são lojas das 60 redes associadas a Febrafar que estão em todos os Estados brasileiros e Distrito Federal.
“Muito importante destacar que se tem comumente a ideia de que temos muitas farmácias no País, mas isso não é realidade. Temos muito espaço para crescimento desse mercado e por mais que se abram muitas farmácias, também se tem um número alto de fechamentos”, explica Tamascia
Em relação ao ano de 2022 as previsões também são positivas. “A varejo farmacêutico tem grandes perspectivas de crescimento em função de fatores variados, como o envelhecimento da população e a chegada de cada vez mais opções de produtos no mercado. Contudo, acredito que para 2022 a digitalização se intensificará, sendo uma necessidade para as farmácias. Devemos pensar nessa digitalização como um movimento que leva em conta a farmácia em 360°, é preciso que se tenha a tecnologia atuando em todas as áreas possíveis”, finaliza o presidente da Febrafar.
Imagem: Shuttestock