Se ainda não é possível de fato cravarmos que o cenário da economia brasileira se encontra em recuperação, podemos ao menos dizer que o cenário atual já nos permite respirar um pouco, apresentando uma certa estabilidade. Em todos os indicadores, a aparente sangria dos números e indicadores, causada pela crise, já estancou. Inflação, desemprego e juros atingiram índices que começam a sedimentar e fortalecer o terreno para uma ainda tímida retomada dos negócios.
Varejo e consumo, um dos primeiros setores que sentiram a crise, começam a apresentar desde o semestre passado, dados mais positivos. O consumidor parece que voltou a comprar.
Durante a crise, o consumidor, ameaçado pelo desemprego, preferiu “represar” algumas compras, principalmente as de bens como imóveis e automóveis. Mesmo na compra cotidiana, marcas foram trocadas em nome de se poupar um pouco do dinheiro da família, ou, no mínimo, gastar um pouco menos.
O varejo que começa a vender também começa a retomar investimentos, criando um cenário onde as startups que tem seus negócios focadas em varejo e consumo, as chamadas retailtechs, possam enfim encontrar um terreno mais sólido para seu desenvolvimento e expansão.
Há a probabilidade de se abrir, pela primeira vez, um mercado sedento por tecnologias e novidades. O mercado de startups no Brasil começou a ter uma consistência e evolução maior pouco antes da crise. Se é fato que o mercado de retailtechs conseguiu evoluir durante esse período, são emocionantes as perspectivas que se abrem para o crescimento dentro desse cenário de estabilidade, e que, de quebra, já apresenta um ecossistema de startups mais maduro, onde a invencionice ou a invenção sem sentido, dão lugar à soluções criativas, porém incrivelmente assertivas na resolução de problemas. Soluções que funcionam e que desde o início foram feitas tailor-made para esse mercado, ou seja, ajustadas para a realidade de custos e infraestrutura do varejo brasileiro.
O varejista está ansioso para conhecer e entender o que o ecossistema de startups pode oferecer para ele. Aqui na GS&UP, divisão do Grupo GS& potencializadora de negócios em startups, quase que diariamente estamos conversando com varejistas e até mesmo investidores que desejam conhecer mais de perto o que o ecossistema e as retailtechs tem a oferecer para esse mercado. As startups permitem encontrar novas formas de dialogar com o consumidor, e ainda otimizar resultados, reduzindo custos e otimizando vendas.
O mercado está aberto e cheio de oportunidades. É a hora das retailtechs.
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