Presente no cotidiano como o tradicional expresso servido em salas de reuniões e residências ou nas versões cremosas e premium de cafeterias e estabelecimentos especializados, o café é parte da cultura do brasileiro – que consome, em média, duas a três doses diariamente.
Mas as recentes mudanças de comportamento do consumidor têm feito com que ele busque cada vez mais diversidade, o que tem levado a Nestlé Professional a ampliar seu portfólio.
Leonardo Tauil, head of Coffee & Beverege Business na empresa, conta que os clientes hoje estão dispostos a conhecer as opções para além do expresso e do moído. “Durante muito tempo, operávamos com o Nescafé solúvel, mas depois ampliamos para o sistema de cápsulas com Nespresso e Dolce Gusto e, mais recentemente, entramos no cenário do torrado e moído. A diversificação do portfólio é fundamental, pois queremos oferecer cada vez mais opções aos nossos consumidores”, afirma.
O período de isolamento causado pela pandemia da covid-19 possibilitou que as pessoas realizassem imersões em seus produtos e hobbies favoritos. Tem quem aprendeu a preparar pães artesanais, e alguns se tornaram experts em vinhos, cervejas e cafés.
O momento permitiu que o consumidor ficasse mais exigente e atento aos processos que levam a bebida à sua xícara. “O consumidor atual olha para o consumo de cafés de maneira bem diferente. Ele quer entender qual é a origem daquele grão e os impactos no sabor, a responsabilidade da cadeia produtiva, o processo de torra, e quais são as possibilidades de preparo.”
A busca para saber mais sobre os diferentes tipos de café levou a Nestlé a criar linhas especializadas para cada etapa de consumo. Do cliente leigo ao que processa o próprio grão, há opções para todos.
“Os produtos da Nestlé estão presentes desde as primeiras etapas de vida do consumidor. Aquele que passou a beber café provavelmente bebia leite com Nescau, e, por isso, consideramos o cenário como uma migração de consumo de produtos. A migração se dá por dois caminhos: o portfólio correto para suportar diferentes perfis e momentos do consumidor e a disponibilidade de canais, que é estar onde o consumidor inicia a transição para a categoria”, explica.
Após a pandemia, cresceu também o número de stories e publicações com fotos e citações relacionadas ao consumo de bebidas cafeinadas. O consumo cresceu entre os jovens adultos, que frequentam cafeterias em momentos de lazer, estudo e trabalho.
“As pessoas passaram e passam mais tempo dentro de casa. Por isso, elas buscam rituais de conexão com os familiares ou consigo mesmas, e o café tem essa característica de ser um condutor de aproximação. Ao passo que cresceu a valorização em torno da conexão, o grau de exigência desse fio também aumentou”, explica.
Volta aos escritórios
Tauil lembra da frase que diz que “o paladar não retrocede”, cunhada pelo especialista em mercado de luxo Carlos Ferreirinha. Depois que o consumidor tem contato com um produto de maior qualidade e entende o que está consumindo, dificilmente aceita qualquer xícara.
“O padrão de exigência acompanha o consumidor no pós-pandemia. Por isso, o nosso out-of-home precisou se ajustar rapidamente para atender ao público que voltou com um grau de exigência diferente”, conta.
A retomada do modelo de trabalho presencial tem sido um desafio para as empresas, que oferecem diversos benefícios para atrair os colaboradores ao ambiente de trabalho após anos de implementação do home office. Para Tauil, o café de qualidade tem um papel importante nesse cenário.
“A retomada ao modelo presencial está exigindo das empresas a obrigação de criar um ambiente mais convidativo e que as façam quererem sair de suas casas. O café é essencial no mundo corporativo, e é visto como um benefício. Um café de qualidade disponível no escritório é percebido como um gesto de cuidado com o colaborador”, opina.
Com informações de Mercado&Consumo Media Labs.
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