Lucro líquido da Camil Alimentos recua 2,8% no 3º trimestre fiscal de 2023

A companhia atua em arroz, feijão, café, açúcar, massas, pescados e biscoitos

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A Camil Alimentos, multinacional de origem brasileira, obteve lucro líquido de R$ 143 milhões no terceiro trimestre fiscal deste ano, encerrado em novembro, informou a empresa nesta quinta-feira, 11, depois do fechamento do mercado.

O resultado representa queda de 2,8% ante igual período do ano passado, quando a companhia registrou lucro de R$ 147,1 milhões. O lucro por ação atingiu R$ 0,41 no terceiro trimestre. A companhia atua em arroz, feijão, café, açúcar, massas, pescados e biscoitos.

Já a receita líquida aumentou 15,5%, de R$ 2,600 bilhões para R$ 3,004 bilhões no terceiro trimestre fiscal de 2023 – resultado recorde para o período. No segmento alimentício Brasil, a receita aumentou 14,2%, para R$ 2,150 bilhões. O segmento alimentício internacional obteve receita líquida 18,9% maior, de R$ 853,9 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 19,5% na mesma comparação, de R$ 309,8 milhões para R$ 249,3 milhões. Já a margem Ebitda cedeu 3,6 pontos porcentuais do terceiro trimestre fiscal de 2022 para o terceiro trimestre fiscal deste ano, encerrando o período em 8,3%.

A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) terminou o terceiro trimestre fiscal de 2023 em 4,3 vezes ante 2,8 vezes de igual período do ano fiscal anterior. No período, a companhia investiu (Capex) R$ 79,7 milhões, 65,5% menos que no terceiro trimestre fiscal de 2022.

Vendas em 2023

A Camil Alimentos apresentou estabilidade no volume total vendido de seus produtos no segundo trimestre fiscal de 2023, encerrado em agosto, em relação a igual período do ano passado, em 629,5 mil toneladas. A alta de 9,3% no volume vendido no Brasil, de 424,9 mil toneladas, compensou a queda de 15% no volume comercializado no segmento internacional, de 204,6 mil toneladas.

No Brasil, que representou 67,5% do volume comercializado pela Camil, o volume de vendas do segmento de alto giro (60% do total), formado por arroz, feijão e açúcar, foi 7,2% maior, para 380,5 mil toneladas. Enquanto o volume vendido na divisão de alto valor (7% do total), formado por pescados, massas, café e biscoitos, aumentou 31,6%, para 44,4 mil toneladas.

O preço líquido do segmento de alto giro no Brasil aumentou 6,8%, para R$ 3,88 por kg, enquanto o preço líquido médio do segmento de alto valor caiu 5,8% para R$ 12,19 por kg.

“No alto giro, que consiste em grãos e açúcar, o volume apresentou crescimento decorrente de operações de exportação de açúcar. Essa operação é fruto de uma frente de trabalho da companhia para minimizar os efeitos de um cenário competitivo desafiador e de menor rentabilidade para a categoria no curto prazo”, afirmou o diretor presidente da Camil, Luciano Quartiero, no comunicado para investidores.

No mercado internacional, que representou 32% do total comercializado pela companhia no trimestre, a queda foi puxada pelo menor volume comercializado no Uruguai na comparação com o segundo trimestre do ano fiscal de 2023 com o segundo trimestre do ano fiscal passado em virtude da sazonalidade das vendas no País.

“Sendo o volume do Uruguai forte na base comparativa e um pouco mais fraca em sua concentração de exportações no país no trimestre atual quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Vale destacar que Equador tem desempenhado bons resultados, parcialmente compensado pela continuidade de um cenário desafiador no Peru”, apontou a Camil no comunicado.

Com informações de Estadão Conteúdo (Isadora Duarte)
Imagem: Shutterstock

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